sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Casamento


Sábado passado minha irmã e meu já cunhado (há dez anos) casaram oficialmente. Numa linda cerimônia feita por um sujeito que parecia conhecê-los da vida toda. Foi emocionante, acho que pra todos que estavam ali. Pra mim que fui dama , emoção dobrada, afinal entrei poucos metros antes da noiva e do meu pai.
Ela , noivo, lugar, festa, todos, lindos. Muita diversão, escola de samba, e tudo mais que mereciam.
Eu bebi pouco, Fefê também. Pudemos ficar por ali curtindo cada um , olhando, e vibrando com a história toda, além de dar atenção para uma tia-avó ou outra que não via desde os 11 anos de idade.
E no final disso tudo, cada vez sou mais a favor de casar. No sentido mais amplo do casamento, morar junto, constituir família, ter filhos, fazer planos comuns, viver uma vida a dois na plenitude. Festas e acontecimentos são sim importantes pra quem realmente se importa. Pra mim, sabendo e conhecendo profundamente a história do casal, vejo que o momento foi super marcante mas que o importante é a vida a dois, o que foi construído e o que ainda vai ser.
Então, parabéns pra vocês que são casados há dez anos. E pra ti Fefê, que casou comigo no Carnaval no Rio de Janeiro, depois de uma hora de conversa. Casamento pra mim é entrega, é compartilhar a vida. E isso se festeja todos os dias.

• Rodrigo e Fó, amamos vocês.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Hamburgo Again

Cá estou eu de novo, em Hamburgo. Como reuniøes boas e bons encontros ajudam a amenizar a saudade, e de quebra trazem bastante realizaçåo. Vir pra cá é diferente de ir pra LA, onde o trabalho é sem cabimento, ninguém sabe pra onde correr e os americanos såo uns puta arrogantes.
Alemåes såo by the book, eles mesmos dizem. Meu cliente mais ainda. Mas existe pauta de reuniåo, pontualidade, tudo tem que render, depois de cada hora no mínimo um objetivo deve ser atingido, de tempos em tempos alguém resume o discutido, e assim os dias passam e a sensaçåo de que defintivamente valeu a pena vir até aqui só aumenta. Parabéns pra esses alemåes certinhos, mas que pra mim eståo entre os melhores povos para se trabalhar.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009


Do maravilhoso ´don´t touch my moleskini´. Adorei.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Olha o que eu achei

No finalizinho de um feriado cheio de emoçøes com nossas crianças, estava por aqui fuçando e tentando ficar inteira para a minha noite de descanso depois de uma semana intensa + feriado agitado. E olha só o que achei: http://tips-for-new-bloggers.blogspot.com
Mesmo que você nåo tenha a pretensåo de levar a sério o seu blog, ou de levar a sério o que escreve nele, ou de se levar a sério (acho incríveis quaisquer das opçøes) vai lá.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Colando


Hoje aprendi de verdade que não devemos fazer algo que sabemos ser errado.
Aprendizado tardio esse, porque nunca tinha me deparado com uma situação de ser pega colando. Porque não costumo colar, e não porque nunca sou pega.
E hoje fui, colando em geografia, na prova trimestral.
Desde que me lembro ter entrado na vida adulta, e faz tempo, costumo seguir minhas crenças. Dependendo da situação e dos interlocutores, sou mais ou menos cuidadosa com a verdade. Mas falo a verdade, de uma forma ou de outra. Achar que os fins justificam os meios nunca foi a forma como conduzi qualquer assunto da minha vida, nem pessoal, nem profissional. A menos que tivesse a certeza de estar fazendo o bem. Por exemplo não chamando uma amiga que esta com dez quilos a mais de Shamú no tanque 8, obviamente para não magoá-la. Pra que, né?
Que eu me lembre essa foi das poucas vezes em que fiz algo por mim, de maneira egoísta, deixando de lado os demais. Não tive a intenção, é claro, de prejudicar nem magoar ninguém, mas de boas intenções o inferno tá cheio, e nisso eu acredito. Tive a desculpa pra mim mesma do outro lado ter conduzido de uma maneira equivocada o assunto, ao meu ver. Mas como disse a minha querida amiga Gi, o fato do professor de geografia mandar só ler polígrafos e não dar aulas direito, não dá o direito de uma pessoa colar.
Não teve morte, nem sangue, nem separação, nem choro (talvez algum meu, vai). Mas teve desconforto, porque resolvi não fazer o que achava ser o correto, por pressão, por vontade do objetivo final, por pura falta de luz. Talvez tenha preferido o caminho mais fácil uma vez, e errei, errei e errei.
Melhor sempre é acreditar 100% no que se faz. Melhor agir pelo melhor. Os fins não justificam os meios. Aprendi, estou remoendo, e só estou fazendo este post pra ver se minimiza isso que estou sentindo. Que aliás, é uma merda.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009


Se SP virar uma cidade mais friendly para os ciclistas e pedestres em geral (como deseja o meu Fefê) juro que tomo coragem e ainda me inspiro nessas duas moças incríveis.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Muchachas (de servicio)

Contratei uma empregada há um mês. Eu Fefê, felizes com a conquista da nova senhora.
Tudo porque a nossa atual cozinha , lava, passa, organiza e cuida bem das nossas crianças. Mas mente, chega ao meio dia ao invés de 8h30min, e é insubordinada.
Engraçado como ter filhos cria algumas dependências que nunca imaginamos. Essa é uma. Como mandar embora uma empregada sem ter outra antes? Gostaria que ela pudesse sumir da nossa vida sem que eu nem tivesse que comunicar. A cada mentira me sinto violentada. Exagerada não? Mas vai conviver com uma mina dessas dentro de casa...
Ainda bem que tenho um marido absolutamente companheiro que compartilha este carma e esta etapa, e não me deixa sozinha lidando com a criatura. Procuramos, procuramos, procuramos. Contratamos uma agencia de muchachas de servicio. Surpresa: cinco entrevistas marcadas e só uma apareceu. Esta apareceu duas horas antes do combinado, inclusive das duas entrevistas que fez separadamente, conosco.
Obvio que nos encantamos, contratamos há exatamente um mês. Hoje, pouco antes de ir pra casa demitir a atual, recebo um e-mail avisando que a fulana desistiu do emprego, sendo que começava amanhã. Ainda tive que ler num e-mail posterior que a maioria das empregadas estão desempregadas porque querem, que a classe é assim, e que é melhor agora (a desistência) do que daqui a uma semana.
Fala sério. Não sei se a classe é pior, ou se os mediadores entre elas e nós.
É engraçado isso. Sempre me encho de pena, fico com mil pesos na consciência de chamar a atenção a sério pelo horário e por tudo mais, afinal são pessoas que ganham pouco, que pegam 50 ônibus e enfim. Uma certa culpa católica. Não sei bem porque, talvez por termos uma vida ótima, brindada com o que o trabalho traz de bom, e de ruim também, como tudo. Bullshit, sou uma idiota.
Bom, volto pra casa agora sem poder demitir a véia que lá habita during the Day, e sem nem uma sombra de uma nova doméstica. Presenteando-a com pelo menos mais um mês de emprego, mesmo depois de hoje ter chegado a uma hora da tarde pra trabalhar e ter mentido novamente.
Mas aprendi uma coisa, que qualquer culpa acabou, e que no dia em que demiti-la terei um sorriso por dentro e um alívio profundo. E que a próxima, realmente estará trabalhando nos campos de concentração, porque minha paciência acabou com qualquer falta de respeito. A única coisa que desanima, é que da próxima também estaremos dependentes pela mesma razão, mas tudo bem. Pelo menos vou ter aprendido que dá pra encontrar uma substituta, sempre.

Pronto, desabafei.

By the way: alguém tem uma empregada pra indicar pelo amor de Deus?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Cartier-Bresson - Vai!





Exposição de Henri Cartier-Bresson. São 133 imagens absurdas, impressionantes, e não dá pra dizer o que é mais interessante. Se os retratos, os flagrantes de rua, ou os grandes acontecimentos da histÓria, fotografados com um olhar absolutamente perspicaz e sensível. Creio que a grande diferença entre ser fotógrafo e ser fudido mesmo é a sensibilidade. Além disso, com 133 fotografias e pelo tipo de trabalho, dá pra ter uma bela noção de parte do século, pois grandes fatos estão documentados a partir de 1931 e os cotidianos estão lá de forma poética, retratando a realidade da época.
O SESC Pinheiros foi outra bela surpresa, o lugar é sem dúvida uma grande opção. Cheio mas sem filas, organizado, com silêncio, e muita educação de todos (talvez por um momento de sorte, mas enfim). A única questão é que com tamanho silêncio, a exposição não é exatamente ´children´s friendly´ e os nossos, que naquele momento nos brindaram com muita paz, não foram silenciosos o suficiente para competir com o barulho das moscas. E óbvio, o olhar lançador de chamas de uma japa que fica na porta controlando a entrada dos visitantes no segundo andar (e parte maior da exposição) constrangeram um bocado.
Vai lá, sem filhos, e com tempo.

Exposição Henri Cartier-Bresson: Fotógrafo
Sesc pinheiros - Paes Leme, 195. Pinheiros, São Paulo
Área de exposições, Térreo e Sala de oficinas, 2º andar
Visitação de 17 de setembro a 20 de dezembro 2009
Terças a sextas-feiras, das 10h30 às 21h30; sábados, domingos e feriados, das 10h30 às 18h30

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Coraline


Adoro animações. Adoro mais ainda poder me divertir acompanhando as crianças em filmes que também agradam aos adultos.
Ontem assisti a Coraline, uma super animação absurda do ponto de vista de qualidade. Além da história é claro, que trata de uma menina que se muda com seus pais para a zona rural do fim do mundo e vai morar num lugar chamado Pink Palace Apartments. Que além de ser quase um daqueles castelos engraçados de filmes de assombração, é divido com duas atrizes aposentadas e um ex-acrobata. Mas a história começa com a descoberta de uma pequena porta em um dos andares da casa que liga a vida dela a uma nova, que não necessariamente é um conto de fadas. O filme é cheio de beleza e muitos sustos. Muitos mesmo, inclusive em doses exageradas para qualquer pessoa que tenha pesadelos freqüentes (meu caso). Pra mim é um filme de terror com uma roupinha de filme descolado para crianças, que todo mundo levaria seus sobrinhos e filhos. Enquanto assistia, me peguei pensando varias vezes que terror mesmo deve ser passar a noite numa casa com crianças que tenham visto o filme.
Vale a pena, se você é adulto com qualquer gosto. Se você pensava em levar alguém com menos de 12 anos, sinceramente nem considere. Pelo menos se não quiser ter que jogar todas as bonecas de pano da casa no lixo.

Melhor ver o trailer

http://www.youtube.com/watch?v=LO3n67BQvh0

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O paraíso é aqui



Nåo dá pra acreditar, mas existe um lugar assim. Como este aqui, onde estamos agora.
A 14 km de Gramado, na Serra Gaúcha, no final de uma estrada de terra, de boa qualidade diga-se de passagem, está localizada esta maravilha. Såo oito chalés, todos feitos com peças escolhidas cuidadosamente de antigas casas de colonos da regiåo. Alemåes e italianos, que vieram pra cá na segunda guerra sem nada, entåo fundiram seus utensilhos, construíram suas casas, plantaram muito, e deram origem a grande parte de nossos ancestrais. Aliás história essa que enche de orgulho o povo gaúcho, e nem vou me estender muito, porque quero mesmo é falar do La Hacienda.
Estes oito chalés feitos de materiais de demoliçåo eståo no meio de uma chácara absolutamente espetacular. Com uma natureza esplendorosa, que nesta época ainda oferece chuvinha e aquela névoa baixa, típica do Sul, chmada por aqui de Serraçåo. Nåo dá pra enxergar nada, nenhum palmo pra frente, mas por isso mesmo temos a desculpa de nåo precisar sair nunca da nossa incrível pousada. Cada chalé tem lareira, que fica acesa permanentemente. Com delicados e educados funcionários que vem até aqui para reascende-la se precisarmos, a qualquer hora do dia ou da noite, o lugar é cheio de mimos. Com esquadrias lindas antigas, tijolos de demoliçåo, lençois bordados, uma sala em frente a lareira deliciosa, calefaçåo na medida, banheira de hidromassagem, que cabem duas pessoas, lindos abajures, cd da pousada, TV LCD (que esperamos usar muito pouco) e ainda um segundo piso que enche de charme a nossa cabaninha, o lugar é inacreditável. Fora as lavandas espalhadas por toda a propriedade, que sao colhidas e deixadas em pontos estratégicos do chalé, toda vez que saimos e voltamos com a surpresa dos mimos de um lugar pensado pra deixar os hóspedes felizes. Ontem encontramos depois do jantar biscoitos e chocolates, com um chá digestivo delicioso para degustarmos antes de dormir.
Sem falar no restaurante absolutamente romântico de um bom gosto absurdo, com um cardápio de fazer inveja a muitos lugares em SP.
Entendi bem o que significa roteiro do charme depois dessas mini-férias. Se tiver um tempinho, venha explorar a serra gaúcha, voce nåo vai se sentir na Europa como dizem por aí, porque vai ouvir aquele portugues carregado de um interior feito por Italianos e Alemåes que parou no tempo. E isso faz toda a diferença.
E se tiver disposiçåo de curtir um silêncio reparador misturado a um perfume suave de lavanda, passe pelo menos um dia aqui no La Hacienda. Escolha bem a companhia, porque este lugar merece ser aproveitado com alguém muito amado.

http://www.lahacienda.com.br/

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Hoje, amanhå


Estou sozinha em casa numa noite qualquer. Pensei, pensei e pensei no que me daria prazer fazer que nåo seria tåo agradável de fazer a dois. Nåo consegui lembrar. E pensei muito.
Lembrei de todos os dias em que fui solteira por um ano e tanto e pensei, pensei, pensei tentando lembrar. Nåo achei. Nåo achei nada que pudesse me dar um prazer enorme hoje, e que estaria fazendo quando morava aqui sozinha.
Vejo gente sentindo saudade. Saudade da infancia, saudade da antiga relaçåo com aquela namorada, do primeiro amor, emprego, de pessoas que se foram, de ontem, do passado. Minhas fases foram absolutamente vividas. Os meus amigos de ontem nåo såo os mesmos, porque els também evoluiram. Os de amanhå nåo seråo os de hoje, porque eles evoluiråo e ainda viråo outros. Cada dia enquanto estive só aqui nesta casa foi tåo absolutamente bem vivido que nåo me deixou saudade, me deixou a felicidade de quem viveu cada dia como se fosse o último. E no meu presente, este que escolhi mesmo tendo uma vida tåo repleta até entåo, nåo me deixa com a sensaçao de que falta qualquer coisa. Porque nåo falta, sobra.
No dia de hoje falta o próprio presente. E o futuro, é claro. Por isso só tenho saudade hoje, de amanhå, porque meu presente e meu futurio eståo a alguns kilometros e morro de saudade.
Volta.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Darkness


Engraçado como certas seqüências de acontecimentos tem mais poder do que outras. Algo que em determinado momento da vida passa de forma imperceptível, em outros momentos simplesmente gera dor e angústia. Aquela sensação de que nunca mais vamos ver a luz de novo. Cada vez mais acho que mudamos, mudamos e mudamos, sem parar, todos os dias. E sempre evoluímos de alguma forma.
Cada vez mais tento racionalizar os motivos que me angustiam ou me deixam triste, principalmente quando não tem a ver com o coração, com a nossa casa e com as nossas crianças lindas. Fora do nosso mundo, tento racionalizar, entender e caminhar, pra frente de preferência (aliás essa sensação anda rara). Mas hoje, talvez seja retardada tudo bem, cheguei a conclusão de que existem fatos que disparam um mecanismo em algum lugar da gente que simplesmente deprimem. Deixam triste, com vontade de chorar, com uma dorzinha constante e um incômodo que pra mim é impossível de conviver. Será que se isso durar mais tempo pode ser chamado de depressão? Não sei e adoraria não saber.
Mas parece que de alguma forma temos um botão que se apertado, o foda-se é ligado automaticamente. E óbvio, nada mais importa que não sair desse lugar escuro.
Ainda bem que temos esse outro mecanismo, que às vezes fica escondido bem lá no fundo e que é dificil de achar. Mas é só apertá-lo pra ficar numa boa de novo, não importando o que está acontecendo no mundo externo ao nosso. Quero acreditar que achei esse outro botão no dia de hoje, e que pra essa sucessão de bizarrices meu on já está ligado bem verdinho, pronto pra me deixar feliz pelos proximos dias. E o melhor de tudo é que esses dias que estão chegando chamam-se sábado e domingo e serão passados no Rio.

Imagem perfeita para a semana. Me sinto nadando numa linda piscina de terno e gravata. Me sinto vestida para um show do New Order em Londres no ano de 1982, mas tendo que fazer churrasco no pátio de casa. A diferença entre a moça e eu é que ela parece plena, e eu estou longe disso.

- Importante: nada disso tem a ver com a minha vida pessoal, menos mal.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Jaca


20 dias de projeto. Desde o briefing ate a filmagem. Tudo simples, mas confuso, sem muita explicaçåo.
Umas 20 mudanças de cronograma, discussøes infinitas pra se chegar num contrato de confidencialidade. Tudo correndo sem contratos, sem muito embasamento. Mas parecendo mais facil do que de fato é.
Claro que há o nosso lado de meia-boquice, afinal ninguém fala outra lingua em nosso maravilhoso país, o que dificulta um pouco o gerenciamento de qualquer coisa internacional que se dependa de outras pessoas.
A marca por trás e a agencia envolvida, fazem parecer profissional, afinal isso nåo pode ser uma zona, óbvio que nåo, provavelmente é tudo tåo simples que dá até medo. E que nós simplesmente nåo estamos acostumados. Afinal, nos habituamos no terceiro mundo com burocracias e intempéries, e nunca achamos que tudo possa ser tåo fácil assim.
E na verdade, até parecia tranquilo, ja que eram apenas localizaçøes de materiais sem nenhuma complexidade aparente, ou algumas, poucas. Trabalho em andamento, um pouco arriscado a dar problema dentro do cronograma de produçåo, mas vamos lá. Aviøes e continentes later, um dia antes da filmagem e tres dias úteis depois, com um final de semana no meio, descobre-se que: existem guidelines, mas eles nunca foram mostrados, menos ainda aplicados, e ninguém na liderança do processo no primeiro mundo havia lembrado; o mocapeiro nåo havia passado as especificaçøes, portanto todos os materiais foram finalizados errados; um briefing foi seguido na produçåo dos materiais, que casualmente estava errado, gerando uma incrivel refaçåo de mais ou menos 10 peças, nada simples de um dia para o mesmo; os conteúdos das tais peças também neste mesmo dia (a véspera) deixaram de servir, por causa daquele maldito briefing inicial, o qual nåo havíamos conversado a respeito; ah, e o íncrivel time da produçåo de mock-ups resolveu tambem tirar o day-off justo na noite do crime, em que precisávamos deles trabalhando, e såo dez horas da noite horario local e estamos aqui, tentando localizá-los. Isso só pra nåo comentar que até a tal data, um dia antes da grande produçåo, ninguém havia alinhado internamente nada com o VP de criaçåo e com o CEO-manda-chuva , que deveriam aprovar tudo, e estavam vendo pela primeira vez.
Bom, incrivel, mas isso acontece. Sorte que é bem perto da gente, o cliente é uma empresa chamada Jaca, localizada na cidade de Cachoeirinha, lá nos arredores de Viamåo. Ufa, né, que alívio. Mas e se nåo fosse, imagina se fosse de fato no primeiro mundo? Quase que dá pra perder as esperanças. Ainda bem que temos memória curta.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Bizarriando em LA


Fale comigo se quiser ter um típico dia (ruim) paulistano em LA no Veråo.
E olha que amo SP, mas ninguém precisa transportar as coisas ruins nem pra esquina, muito menos pra cá.
Justo eu que sempre tento me integrar aos lugares, falar com gente local e conhecer realmente um pouco da cultura e do jeito de viver das pessoas, consegui me sentir em SP no sábado. E nåo num dos meus sabados cheios de exposiçoes , ótima companhia e zero estresse.
Sai pra correr de manhå, e começou a cair aquela garoa que tanto detesto e que molha de leve, mas molha. Voltei e aluguei um carro, nåo sem antres receber mil telefonemas de trabalho chatíssimos, mas normais. Afinal é pra isso que estou aqui. Lá pelas 11h da manhå percebi que o dia seria de chuva e resolvi ir fazer compras num outlet. Meu maravilhoso carro estava com o GPS estragado, coisas que acontecem tipicamente em qualquer outro lugar, menos aqui. Fiquei duas horas perdida e absolutamente desesperada. Metida em mil congestionamentos incriveis (sim, aqui tem um baita trånsito, principalmemnte no veråo, principalmente perto das praias) sem conseguir voltar. Depois meu anjo da guarda resolveu me olhar e me fez cair a poucas quadras do hotel, como meu GPS mental me ajuda as vezes voltei, com vontade de morrer e de processar a empresa de aluguéis de carro.
Os caras, que mais pareciam serem saídos de dento do rio tiete vieram com um novo GPS (tirando uma onda da minha cara achando que eu nåo sabia ligar, fala sério) duas horas depois. E feito um ser corajoso, peguei o carro, o novo gps e fui rumo a cidade de Camarillo, no tal outlet. Nesse meio tempo um puta sol abriu, e eu em Malibu, cruzando toda a praia, sem bquini, parada num super transito, sem lugar pra estacionar, indo num outlet. Que arrependimento.
Parei o carro em Malibu, quando desci, sem biquini mesmo, mas respirando um pouco de ar e feliz de ter encontrado uma vaguinha disputada a tapa, me ligam da agencia. Minhas amigas querendo infos, fazendo calls, etc. Me senti como tantas vezes sendo interrompoida em sp num lindo findi por alguém dizendo que deu alguma merda.
Trabalhei, voltei pro carro e fui rumo a Camarillo. Afinal, precisava honrar a minha vontade inicial. Aliás, que mania essa minha de nåo desistir das coisas no meio. Menos mal que em sp antes de vir consegui desistir pela segunda vez na minha vida de um livro. Grande passo, ufa! Mas isso foi um parenteses.
Indo para o tal outlet, que aliás tinha ido com minha amiga Cin em setembro passado e tinha sido DELICIOSO. A viagem pelo meios dos canions agora era um amontoado de carros numa måo só em fila indiana, mais ou menos como querer ir para Maresias no Carnaval. Num dos buracos (sim, existiam, suuurreealll) meu gps voou , foi parar no chao e desencaixou, portanto nåo conseguia mais mante-lo carregando. Nervitos a flor da pele again, já pensando na volta de 90 milhas sem gps e sem noçåo.
Cheguei lá, realmente sáo 90 milhas e o lugar bombava, as pesoas suavam, as lojas eram lotadas, e só ouvia-se Portugues em altíssimo e bom tom, pessoas gritando e lutando por uma bolsa Dona karan como se nåo houvesse amanhå. Adquiri um oculos, duas sainhas pra Luluca e fui embora, bem querendo morrer. Imagino que a sensaçåo de uma liquidaçåo de 70% no Shopping Center Norte deva ser a mesma, no veråo, sem ar ligado (afinal aqui era ao ar livre). A diferença é que eu apenas veria as noticias na TV se estivesse no Brasil.
Volta com transito, afinal as pessoas que våo a praia, também voltam dela. Cheguei så e salva no meu maravilhoso hotel as 9h da noite, momento exato em que me joguei num banho e cai na cama, hoping the next day would be better.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Business Class


Desde meus tempos com Nokia nåo sabia o que era viajar de business class. E olha que nåo era sempre, em 2005 cheguei a fazer 42 viajens internacionais de janeiro a dezembro. Sim, contei uma vez enquanto fiquei presa no México por 16 horas na sala de embarque (tempos de crise da Varig quando cancelavam voos já depois de estarem horas atrasados). Naquele tempo nåo tinha wi-fi na maioria dos aeroportos na America Latina (bom , segue nåo existindo) e depois que o i-pod terminava, e os livros idem, ou a pessoa andava, ou comprava em freeshops (nåo era o caso) ou contava entradas em paîses. E o melhor é que nesses lugares, também nåo existem tomadas em geral.
Mas hoje nåo, graças a deus nåo viajo mais tanto assim. E a América Latina deixou de ser parte do dia-a-dia. E nåo que tenha sido ruim, muito pelo contrário. Mas pra felicidade geral da naçåo, meus destinos a trabalho såo Alemanha (sempre de Classe econømica) e agora LA.
Cá estou eu, em LA, trabalhando desde 10h da manhå (depois de ter chegado mais de duas, horário local, e portanto 6h da manhå no Brasil). Nåo tenho jetleg, estou rendendo, e já fiz duas reuniøes hoje, e såo só 16h. Sinceramente, devo isso a business Class.
Essa é a resposta para todos os males, ou quase todos. E sábios såo os que pagam sabendo disso. E nåo é por acaso que a grande investidora da minha classe executiva foi a Apple. Nem era uma super få até o momento, era apenas uma admiradora. Mas sou obrigada a dizer que minha admiraçåo já começou aí, afinal classe executiva e bons hoteis eståo em falta nos dias de hoje no mundo corporativo. Nåo me importou muito entrar num vøo de Mexicana Airlines, via Mexico City, que levava 20 horas. Afinal, sabia que iria deitar e dormir, iria comer bem, com espaço pra todos os meus objetos pessoais, com água no meio do dia e da noite, uma necessaire com escova e pasta, e até coca light se eu pedisse. E dito e feito. Cheguei cansada, mas como se eu eu tivesse dirigido até Camburí. E nao como se eu tivese voado, esperado, voado de novo, por 20 horas. Além disso, cheguei num ótimo hotel sheraton, confortável, com camas incríveis (duas de casal naquele ótimo estilo americano) e uma decoraçåo bem bacana, cheia de bossa. Fácil de relaxar, dormir, e descansar, mesmo que em apenas quatro horinhas de cama de verdade.
Entåo, errado achar que economiza-se nåo dando conforto a executivos que deixam as suas casas, familias, programas e rotina para viajar. Quando a empresa decide investir em conforto, terá horas a mais de trabalho, terá um rendimento muito melhor, terå um trabalhador arregaçando as mangas para se matar trabalhando e render ao máximo. Afinal, a empresa está fazendo a sua parte, nåo há desculpa para nåo obter a entrega. E a entrega é o bom trabalho.
Saber que é preciso dormir bem, estar bem acomodado, ter a possibilidade de comer direito, e poder ter acesso a tecnologia de qualidade para trabalhar e porque nåo, se comunicar com a família enquanto está longe, nåo é um investimento alto. Muito pelo contrário, é o minimo, é um sinal de inteligencia, critério. É um grande sinal de competencia saber onde e como melhor colocar o seu dinheiro. E sem dúvida investir em bem estar e qualidade numa viagem, traz muito mais disposiço, e como consequencia trabalho. E naturalmente, nåo preciso dizer que este é o jeito mais óbvio de se obter um retorno (em grana) muito maior.

sexta-feira, 3 de julho de 2009


Cozinho há tempo, na verdade alguns anos. Adoro, mas só quando estou com vontade.
Fazer e servir o café da manhã hoje em dia é um prazer enorme pra mim. Me diverte e me deixa feliz.
Achei estranho quando numa manhã dessas acordei meio chateada e me cortei. Corte que aliás sangrava e sangrava, sem parar. Passaram-se duas horas até 9h da manhã e não consegui fazer o sangue parar de jorrar. Acabei levando quatro pontos e fiquei com uma sensação esquisita de que definitivamente não sou a rainha da coordenação motora, mas tentar rechear o dedo e não o pão tinha sido uma coisa bizarra.
Dias depois estou indo para o Rio com uma colega e amiga de trabalho, que tem vários talentos e uma grande sensibilidade. Numa conversa acabei sabendo que a mão esquerda tem um significado incrível nas relações emocionais com pessoas, afinal está no nosso lado esquerdo em primeiro lugar, lado das emoções. Em segundo, é realmente fonte de grande energia do parceiro e para com o parceiro. Por isso não é a toa que a aliança de casamento fica justo neste lugar de nosso corpo. Afinal poderia perfeitamente ser uma coleira, um chicote, uma tatuagem, uma figa, ou não ser nada dependendo da relação. Não importa, mas fato que é justamente a aliança nessa mão que significa a união escolhida para o resto da vida. Como o que tive na noite anterior foi um pequeno contratempo familiar, e apenas o primeiro, entendi o quanto é importante resolver tudo antes de dormir. Afinal, eu poderia ter amputado a mão. Mas não passou nem perto, e já nem se nota olhando para o meu indicador que algo aconteceu ali. E de fato, nada aconteceu.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Vik para crianças




No último final de semana estive novamente da Exposição do Vik Muniz no Masp. Como era a terceira vez que visitava, já havia tido tempo de refletir e digerir cada uma daquelas maravilhas e pude dar uma olhada nas reações das crianças que estavam por lá. Aliás, sortudas, pois seus pais tiveram a visão de levá-las num programa que não parece infantil a primeira vista.
Mas por razões óbvias quase todo mundo fica absolutamente em êxtase com tantas materias primas sendo usadas das formas mais inseperadas. Como cada obra tem uma explicação e um raciocínio por trás que dão a maior graça à exposição, parece difícil de serem entendidas pelos pequenos. Mas não são. Afinal ninguém precisa entender o porque de nada pra se deliciar com uma diversão pela diversão.
As crianças que estavam lá pareciam encantadas com um rosto feito num macarrrão, ou em molho de tomate. Ficavam horas olhando paras os montinhos feitos com objetos, comidas e coisas diversas agrupadas em uma sequencia de três ou quatro fotos incríveis. A diversão ali era simplesmente decifrar os objetos. Fora o espaço gigante e lindo que é o masp, com seus concretos, pilares vermelhos e rampas.
Vik Muniz é divertido para todas as idades, a diferença é que podemos curtir, refletir e pensar a respeito, ou simplesmente curtir. E só pra curtir vale a pena também.
Então vá e leve alguém o qual você goste, pode ser aquela avó careta, ou seu filho de cinco anos.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Era Uma Vez


Era uma vez é uma exposição linda pra crianças maiores do que as nossas (de 2 e 6 anos). Mas ainda assim vale a pena levar pessoas de qualquer idade, até recém nascidos, mesmo que seja apenas para os adultos se divertirem.
Nela são contadas Histórias do Mundo e grandes fábulas são homenageadas. Todas ilustradas incrivelmente por autores como Charles Perrault, Irmãos Grimm e Hans Christian Andersen. E por brasileiros como Beatriz Milhazes, Guto Lacaz, entre outros.
As ilustrações são lindas e estão expostas nos três últimos andares do Centro Cultural Banco do Brasil. Se quiser fazer o passeio completo, vale a pena ir de metrô no final de semana, que é absolutamente civilizado, e nem passa perto de deixar a sensação de que um assalto pode acontecer a qualquer segundo. Da estação São Bento até o CCBB a caminhada é curta e bem bacana, com direito a vista de pertinho do prédio do Banespa e suas bandeiras, e muito policiamento, o que ajuda a curtir ainda mais o passeio com os pequenos. Na verdade, apesar do destino final ser incrível para adultos e nem tanto para crianças menores, afinal ouvi a pergunta “quando começa, leti” depois de dois andares de exposição, vale a pena também pelo passeio até lá. Sem dúvida, é muito divertido introduzir o centro da cidade à crianças de qualquer idade.
E como dizem que o trajeto é o que importa na vida, este programa não poderia ser mais encantador.

Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB São Paulo
Rua Álvares Penteado, 112 - Centro - São Paulo-SP
A entrada é franca.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Pertencendo


Hoje vi um documentário sobre a classe C.
Muito bem produzido, e parece ser apenas uma pequena parte do iceberg que foi o estudo feito. Excelente para ilustrar aos gringos o momento econômico do país e as mudanças pelas quais estamos passando.
Uma das entrevistas era com uma moça de uns trinta anos, negra, de família muito humilde que com o seu trabalho acabou conseguindo pagar uma faculdade particular, mais precisamente a Universidade Anhembi Morumbi. Que a olho nu já percebe-se ser uma das instituições que acabam atraindo além de estudantes de classe A,que escolhem fazer cursos caros como Gastronomia e Hotelaria, também estudantes de classe C/D ou agora C, pela facilidade do Vestibular.
Embora esse não seja o tema do vídeo, ela falou muito sobre pertencimento. Como foi louco estar todos os dias num lugar estudando e lotando a cabeça de referências que nunca fizeram parte de seu mundo, com gente que passa finais de semana na praia ou em Miami. E depois naturalmente voltar para um subúrbio cheio de dificuldades onde a novela das oito bomba sem parar e o assunto é o ônibus nosso de cada dia.
Estar diariamente em dois lugares que não se falam, pode parecer enriquecedor por um lado, e pode ser desgastante por outro. Afinal um é a casa, o outro é o trabalho (ou escola ainda que por um tempo). Um é o aconchego dos filhos, marido namorado, o outro é o mundo corporativo que em geral não tem aconchego algum. Mas os dois são escolhas, que de alguma forma se falam, afinal postos de trabalho estão ligados a qualificação, ao mundo ao qual pertencemos, a outras escolhas que fizemos anteriormente. A família, as vezes está ligada, outras vezes não. Mas o marido, namorado, os amigos com os quais convivemos, em geral tem uma realidade conectada com a nossa de várias formas, ou de alguma forma. Porque também fazem parte das nossas escolhas.
E quando as realidades não se conectam, por que estamos tentando mudar de uma pra outra? Como se faz para saber como agir e ser feliz quando já não pertencemos a um lugar e ainda não estamos num outro novo?
Palmas pra quem passa por isso por anos e consegue tirar o melhor. Como a tal moça que se formou com um bando de gente que simplesmente vivia num universo paralelo ao dela. E possivelmente nem estava entendendo direito as negativas da colega para a viagem de final de ano a Paris. Possivelmente ela estivesse realmente ocupada dando duro e virando mais uma integrante da classe C.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

terça-feira, 16 de junho de 2009

Bonita Ipanema


Me achei super descolada quando descobri a Bonita Ipanema. Na rua Barão da Torre, ao lado da Farme de Amoedo, em pleno posto 9. E o melhor de tudo é saber que Tom Jobim morou lá, exatamente naquele casarão.
É uma casa Rosa, quase bordô, bem bacana, com um astral ótimo e que oferece ótimas tarifas. Coisa Rara no Rio, onde os preços são altos e os hotéis (não falando obviamente do Fasano e do Copa) são caídos em relação a pequena fábula que se paga.
Quando li bed and breakfast na resenha sobre o lugar não me dei conta de que se tratava de um super-típico albergue. Quando fiz check-in cedinho antes do compromisso de trabalho no Rio (e bem antes da chegada do Fefê) que só aterrissaria a noite, eu e Maria já percebemos que era realmente um albergue quase-quase europeu no meio do Rio. Vários gringos bem loirinhos falando todos os idiomas num espaço comum com TV, cadeiras, mesas, sofás, e um lindo gato que só dormia. Muitos Lonely Planet por ali, e todo mundo naquele clima de integração.
Tudo bem divertido, astral bom, mas obviamente não era exatamente o que nós estávamos esperando.
Os quartos são honestos, mas longe de confortáveis. A pobre Maria ainda deu o azar de pegar um quarto sem banheiro privativo, então teve que enfrentar filas incríveis em certos momentos, e ainda precisou abrir mão do uso do local vz ou outra. Mas tudo bem, parecia estar valendo pela diversão.
Já nós, que ficamos no terceiro andar , meio cortiço, e não menos divertido, tínhamos um chuveiro que nos presenteava com uma gota d’água por vez. E já no primeiro dia (com frio e chuva) nos brindou com uma surpresa das boas, parando de funcionar quando eu estava ensaboada e com xampu na cabeça no meio do banho. Mas depois entendemos que deveríamos ter os olhos abertos e muita rapidez antes de um próximo imprevisto, e deu tudo certo até o final da estada.
O Café é simples mas ok, pão com queijo e presunto e uma fruta. A margarina e a geléia s]ão compartilhdas e ficam em cima das mesas, que devem ser dividas irmamente. Com direito e Tang (ou um similar) e café com leite.
Considerando ser um hostel, está pra lá de bom. Ainda bem que o Cafeína existe para alegrar as nossas manhãs sem sol.
Jovens, velhos, famílias, galeras americanas e européias enchiam o ambiente. Me fez lembrar os tempos de mochila nas costas pela Europa. Ficamos nos perguntando como existe tanto desprendimento para viajar para outros países com crianças (pequenas) em albergues. Ainda dei mais valor para as nossas super possibilidades de podermos ser crativos nas viagens e ainda termos monitores, babás e alguma possibilidade de descansar com conforto. Albergue não é pra criança, e nem para adultos em determinadas fases.
Felizmente a companhia sensacional que tive no Rio, me deixou relax e com zero sensação de que erramos na escolha do lugar pra ficar. Nos divertimos, demos risadas e conseguimos curtir muito, até com a chuva torrencial que caia na cidade maravilhosa.

Se você quer ficar muito bem localizado, fazer amigos, pagar pouco (em comparação com o resto dos hotéis na mesma área) e não se importar muito com o conforto, vai lá.

WWW.bonitaipanema.com.br

Rua Barão da Torre, 107 / Tel.: 55 (2... / 3734-8008 / 3734-1999)

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Casa de Criadores






Fui ao primeiro dia de desfiles da Casa de Criadores, na semana passada. Todas as vezes em que tive a chance de ir ao evento, adorei. O formato é sensacional, muito menos cansativo do que os outros eventos de moda, e muito coerente em sua proposta.
Uma fila, um local para todos os desfiles, eles acontecem em seqüência com explicações que antecedem cada um. Talvez porque eu faça parte dos apreciadores, mas leigos, ache realmente mais fácil e mais interessante.
No meio de todas aquelas informações descobri uma estilista que me apaixonei. Por tudo, pelas roupas, pelo conceito da coleção Verão 1010.
Ianire Soraluze fala de se expor, de se mostrar de um jeito vulnerável. Ela mostra na coleção, volumes e cortes que são absolutamente atemporais e muito femininos.
Tudo soltinho, com um ar levemente sensual, mas que convida a tomar uma água de coco e ver um pôr-do-sol ainda de cabelos molhados, recém saída do banho, depois de um dia de praia.

Vale a pena conhecer.

http://ianiresoraluze.blogspot.com/

Muito muito bom!

quarta-feira, 3 de junho de 2009


Engraçado como a cabeça funciona de um jeito estranho. Adoro todas as ferramentas on-line e algumas delas uso feliz. Facebook, Flicker, blogs, etc. Mas tem uma que simplesmente não simpatizo, e me parece a grande bobagem das bobagens. Estou falando do Twitter.
Acho bizarro entrar na neura de ficar compartilhando cada coisa que passa pela cabeça. O conceito me dá arrepios, na verdade. Quem lê isso pode pensar que sou a mais introspectiva de todas. Mas não, sou uma pessoa que tenho por hábito falar o que penso, mas creio que nem tudo o que se pensa deva ser falado. Primeiro que seguramente num mar de idéias, nem tudo será agradável para os ouvidos dos outros (ou para os olhos, nesse caso). E segundo, existem realmente pensamentos que são mais interessantes porque são só nossos e estão lá guardados. E isso óbvio, acreditando sempre que não temos que dizer e nem fazer nada especificamente só para agradar alguém mais que não nós mesmos. Afinal, mesmo quando agradamos uma pessoa que amamos, também estamos fazendo porque queremos.
Mas realmente, liberar geral para se escrever qualquer merda, me parece incrível por um lado, e chatíssimo de acompanhar por outro.
A loucura é existir um espaço para todo mundo poder ficar conversando sem feedback instantâneo na internet. E falando o que quer que lhe passe pela cabeça. Volta e meia entro no Twitter de alguém e dificilmente levo mais de três segundos para sair da página. É realmente um amontoado de bobagens desmedidas. Salvo raras exceções. E não posso dizer que não fique curiosa muitas vezes, porque muitas pessoas das quais gosto estão lá, e muitas que acho incrivelmente interessantes, inteligentes e engraçadas também. Mas até os mais incríveis precisam de direção de criação, e falo daquela que nós mesmos fazemos. Chama-se filtro, e significa pensar dois minutos antes de falar, postar ou escrever.
Mas viva a liberdade.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Galeria


Eu que certa vez prometi ao Rafa, filho-lindo-do-meu-Fefê, que iríamos na Galeria do Rock, agora tenho urgência.
Abriu uma pop up store da Nike Sportswear lá e parece simplesmente imperdível. Principalmente porque dá pra encontrar a coleção Movimento Canarinho, com o trabalho de artistas brasileiros de diversas áreas, da ilustração ao graffiti, dentre eles estão Don Torelly, Jurubis e Presto. Eles foram convidados a colocarem suas idéias e impressões estampadas em tênis e camisetas exclusivas e com edição limitada.
Incrível a Nike sair do lugar comum dos shoppings e da Oscar Freire, pra se meter no centrão da cidade, falando com todos os públicos possíveis. Com os que podem e com os que não podem, com os que acham aspiracional, e com os que crêem ser uma marca politicamente incorreta, mas principalmente com gente que no mínimo está lá buscando uma diversão diferente da maioria. Uma diversão que inclui andar na rua e ver muita mistura de tudo, inclusive de atitude.

Construção


Acabo de receber um texto absolutamente sensacional do Antonio Prata falando das transformações da cidade, e dando como exemplo o seu bairro, Perdizes.
É realmente maluco ver o crescimento desenfreado de são Paulo. Pra mim, que tenho uma história de apenas oito anos aqui, já é absolutamente impressionante ver as transformações arquitetônicas da Marginal Pinheiros, com seu novo shopping classe AA, com suas novas torres imensas e uma nova ponte gigantesca. E olha que a Marginal, pelo que sei, não é a casa de ninguém, ou de quase ninguém. E fora nos presentear com a sua vantagem da praticidade, duvido que tenha muito valor emocional pra alguém.
A substituição de vilas, bairros de casas com jardins por arranha-céus absurdos tiram realmente o aspecto de um bom bairro para se viver. E é justamente por isso que sempre detestei o Morumbi. É um dos lugares que tem por característica a ausência de casas, com exceção de alguns locais específicos, e de pessoas caminhando. Parece que o bairro nasceu assim, sem muita personalidade, sem um passado de velhinhas cuidando de suas rosas. É verdade que não sei a sua história, mas parece que perceber trinta novos tapumes por mês, e a absurda velocidade na qual o bairro cresce dão a ele o seu significado. Um lugar novo, seguro, com um ótimo estilo de vida para a família Paulistana, principalmente pelo seu custo-benefício.
Mas um dia, querendo escolher um novo lugar, escolhi o Morumbi. E hoje lendo esse texto, percebo que talvez esse seja um dos poucos bairros, que possivelmente fique melhor e melhor com o tempo. E justamente pelo motivo contrário a grande maioria, já que não há mais espaço para tapumes, porque está absolutamente cheio. A tendência é que acabe o espaço para as novas construções, e os seus barulhos e caminhões fechando ruas. E quando isso começar a ocorrer, os tapumes começarão a sumir. A poeira de tantas obras começará a diminuir, as árvores crescerão nas ruas novas, e nas velhas, e os novos jardins ficarão visíveis. Quando os tapumes saírem, teremos um bairro com mais cara de bairro, porque por trás da fase de tapumes, esperando, existe um bando de gente querendo viver bem. E mesmo tendo que cruzar pontes e encarando transito, nada como a vontade de mudar e de construir. Mas nesse caso, construir uma vida nova, não novos prédios.

Vale a pena:
Perdizes, por Antonio Prata
http://blog.estadao.com.br/blog/antonioprata/?title=perdizes_1&more=1&c=1&tb=1&pb=1

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Ótemo!

Do maravilhoso ´don´t touch my molesquine´...

Dançando na Chuva


Cheguei demolida de viagem na segunda. Na terça tinha a primeira aula de Dança de Salão. Vontade de não ir, mas sabia que seria no mínimo divertida.
Algo que eu sempre sempre quis fazer, mas faltava ter ao meu lado uma grande companhia a fim também. Claro que agora não tenho só a pessoa a fim também, mas tenho a grande companhia pra absolutamente isso e pra todo o resto.
Chegamos lá meio envergonhados. Eu, pelo menos. E começando aquele aquecimento bizarro, aliás bem bizarro pra mim, já que por uma viagem intergaláctica resolvi ir com uma linda saia e uma sandália de salto. Roupa que eu havia passado o dia, mas que poderia ter sido facilmente trocada.
Mas nos ver ali, aquecendo, com vários casais que jamais cruzariam as nossas vidas se não numa aula como essa, me fez pensar realmente no quanto precisamos dar prioridade pra esse tipo de experiência. Ou pra qualquer tipo de nova experiência.
Ver aquelas pessoas tentando tentando e tentando como nós, rindo, e com um nível de maturidade impressionante pra rir de si mesmas é algo que devemos aprender a fazer mais seguido.
É sensacional sair da zona de conforto de tudo o que sabemos fazer. Temos a tendência de seguir fazendo exatamente o que temos certeza que entregaremos bem, ou aos outros ou a nós mesmos. Tentar algo diferente, principalmente que dependa de coordenação motora, tentativa e erro (muito erro) e de outra pessoa, ensina.
Ensina a rir, ensina a tolerar, ensina a se expor, e ensina a saber que também precisamos de tolerância.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Ah, eu encontrei!
:)

Encontrando


No almoço ouvi uma história incrível. É sempre impressionante ver o quanto uma pessoa apaixonada é capaz de doar-se incondicionalmente para conquistar aquele amor. Doação, esforço e tempo são dedicados integralmente na direção que o coração estiver mandando, independente dela ser a correta ou não. Falo correta não em relação ao objetivo de conseguir aquele amor, mas correta para a vida.
Paixão realmente é a idealização do outro, quando se conhece pouco, médio ou bastante. Mas sempre idealizamos. É raro ver uma historia diferente. E é ótimo ver que mesmo idealizando, muitas vezes esses véus que cegam bastante nessa fase passam, e o amor segue. Junto com a conexão naturalmente, porque o amor pode não depender somente disso, mas um relacionamento sim.
Melhor ainda é olhar de fora para a história sobre a qual conversei e perceber como pra duas pessoas viverem bem, ou se darem bem, depende muito do que cada uma quer. Nesse caso, a entrega de uma sem dúvida está longe de ser o que a outra deseja, ou do que determinaria uma paixão. Isso significa no mínimo que se tudo tivesse evoluído, já haveria um futuro de desafios, de tentar mostrar ao outro que valores e desejos devem ser revistos. Melhor começar algo do zero, sabendo que sempre vai existir alguém em algum lugar que vai valorizar alguns (no mínimo) dos nossos valores. Que vai receber o que queremos dar, e que vai dar o que queremos receber.
Isso existe. E o melhor é que nem precisa procurar, simplesmente aparece.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Pensando no findi



Neste final de semana em Berlin, fiquei pensando muito em onde está a palavra Hitler em toda a cidade. Me dei conta finalmente que em muitos museus, acervos, ou pela cidade mesmo, fala-se em muro, em segunda guerra, em regimes, mas nunca cita-se o homem, ou o holocausto. Nunca é exagero, pois visitei um museu a céu aberto que se chama Topografia do Terror e lá sim, estava tudo estampado em painéis. Bastante impressionantes, mas ainda assim suaves considerando que todas as imagens foram feitas por Nazistas.
Sempre pensei ser extremamente positivo essa nova geração de alemães conhecer os fatos, assumir, e no final das contas se envergonhar. Não é culpa deles, mas os pais e avós estavam lá, portanto, é uma realidade muito próxima. Por outro lado, estando em Berlin pela segunda vez em três meses, de novo tive a sensação que, de uma certa forma, eles preferem ignorar os fatos, ou alguns. Ou, deixar nas entre linhas. Dando uma volta enorme, mas não contando de forma clara e com todas as letras os acontecimentos. Fiquei novamente com a sensação de que a história não é contada de forma clara, ou clara o bastante para turistas, por exemplo. Mesmo concordando que até a história é passível de pontos de vista, fatos são fatos, e contra fatos não há argumentos. Novamente, saí com o sentimento de que faltam os fatos.
Meu amigo Marcoloco, que mora em Berlin, me falou que diversas palavras muito usadas na época, como Führer, foram cortadas completamente do idioma. O que só ajuda a completar a minha tese.
Óbvio, isso são pensamentos de alguém olhando as cultura alheia de fora. Tenho muito respeito pelo povo alemão, aliás, por todos os povos e culturas. E é exatamente por isso que não julgaria o tamanho da dor em relação ao passado, e a forma como um povo lida com ela. Mas, de novo, sai de lá com vontade de saber mas e conhecer mais.
Ainda bem que os livros existem.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Berlin, Finally


Ir a Hamburgo pra mim significa trabalhar. Trabalhar duro, muito. Demanda bastante, coloco toda a minha força e os meus esforços para as coisas irem bem, e para que o tempo passe devagar e consiga fazer naquele tempo o que devo, ou o maximo e melhor que possa. É muito de tudo, e tudo ao mesmo tempo.
E só tenho a agradecer. Posso dizer que no mínimo a palavra pra isso tudo é aprendizado.
Pela segunda vez nos últimos meses, peguei um trem cansada e vim pra Berlin. Para um final de semana de descobertas. Nas poucas horas em que estive aqui, enquanto caminhava entre o Parlamento, Memorial do Holocausto, e Muro, passamos por uma montagem impressionante para um grande evento. Tentamos saber do que se tratava, mas as pessoas por ali aparentemente não falavam inglês. Caminhando um pouco mais, depois de muita curiosidade, encontramos a placa acima e tudo se explicou. Dia 23 de maio de 2009, neste sábado, comemora-se os 20 da queda do muro, e os 60 anos da democracia no país. Será um final de semana de festas pela cidade. O nível dos palcos, toda a segurança, a infra de TV e todos os meios de comunicação, sem dúvida impressionam.
E o melhor é que tudo isso acontecerá exatamente na frente do Portão de Brandenburguer. Com palcos secundários em frente ao Parlamento, e banheiros químicos no Tiergarten. Melhor do que isso só o fato de estar aqui por pura coincidência e ter a honra de ver a cidade vivendo um momento histórico. Grande presente depois de dias de muito trabalho.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Frankfurt - Hamburgo


Primeiro dia de volta ao tabalho e (já) viagem pra Hamburgo. Nada como tirar as amígdalas e acabar de recuperar numa viagem de quinze horas. Tudo certo até aí, mas no último trecho tive o prazer de conhecer um sujeito. Não me interessei em saber o nome. Não deu. Alemão, de seus quarenta anos, que estava voltando de uma grande viagem pela República Dominicana. Com aquela cor rosa-queimado imbatível e um jeito agradável que aos dois do primeiro tempo resolveu perguntar se eu já havia estado na África. Lugar que segundo ele sem dúvida, é o melhor do mundo, onde as pessoas no meio de tanta pobreza tem um grande coração. Que tiram sua camiseta para que você use sem pedir nada em troca. Até aí ok.
Logo me perguntou se eu não gostaria de conhecer, e obteve a resposta óbvia para uma pessoa que gosta de viajar como eu. E em seguida resolveu afimar que uma menininha de trinta e poucos(depois de falar em vinte e poucos, único momento em que ele foi mais agradável)seguramente não teria maturidade para perceber a beleza do lugar e das pessoas de lá. Porque os jovens adultos (jovem adulto pra mim tem até uns 23 anos, mas enfim) vivem em seu mundo no primeiro mundo (que?) e não tem a menor noção de pobreza. Além disso não se misturam, nao vêem e nem convivem com ninguém mais fora de seu pequeno universo. Então como poderão perceber a beleza por trás das pessoas? Isso tudo num tom arrogante, naturalmente.
O avião ainda estava em solo, e a conversa já nesse nível. Eu só tive tempo antes de corrigir minha idade, de dizer que era do BRAZIL, e não da Alemanha. Nessa hora repeti de onde era, depois da brilhante explanação do meu novo amigo, ms ele não parou.
Conclusões: ele realmentre pensa que o Brasil é um país de primeiro mundo. Ou, acreditou de fato que eu não sou brasileira (mas alemã, tentando enganá-lo, como falou também). E por último, possivemente tem muita verdade em todo o discurso, afinal julgamos os outros pelo que somos.
Considerando que meu companheiro de acento às 12h, horário local (pra mim infelizmente ainda eram 7h da manhã)exalava um cheiro incrível a cachaça, tinha uma perna ensangüentada, com a calça manchada (de um acidente que oorreu três dias antes, afffeee)resolveu do nada me chamar de primeiro-mundista alienada, precisei colcoar os fones e tentar dormir.
A minha dor na garganta estava sem dúvida deliciosa se comparada a minha dor de estômago despois dessa conversa. Ainda bem que I-pods existem, e que o Fefê me cedeu fones incríveis que me teletransportaram pra longe dali em segundos. Pra junto dele, mais precisamente.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Último sobre o tema

Vc já parou pra pensar o quanto a dor cansa? Hoje fui ao médico, ele me olhou e disse que eu estou com um rosto cansado, com olheiras. E me sinto exatamente assim.
É louco porque estou há uma semana em casa, sem colocar o nariz pra fora. Mas como nåo me alimento bem (dieta de liquidos gelados por duas semanas), durmo bem às vezes e outras nåo, nåo consigo dormir de dia, e minha cabeça está permanentemente conectada ao horário do próximo remédio, simplesmente nåo descansei. E nåo descansei, nåo por todos esses motivos, mas porque sinto dor. Uma dor permanente, que fica aguda a cada duas horas, no máximo.
Quando me olhei no espelho no consultório, o Dr. Rodrigo me falou: você já parou pra pensar nas pessoas que tem dores agudas (como a de um membro amputado) contínuas por toda a vida?
Eu nunca tinha parado pra pensar. E voltando pra casa e sabendo que isso passa, me senti a criatura mais feliz do mundo. E senti de verdade que ser saudável, também é nåo sentir dor.
E olha que o efeito do meu remédio dois já estava passando.




* Moma - NYC
Com minha amiga Cin, set/2008, de férias.