quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Hoje, amanhå


Estou sozinha em casa numa noite qualquer. Pensei, pensei e pensei no que me daria prazer fazer que nåo seria tåo agradável de fazer a dois. Nåo consegui lembrar. E pensei muito.
Lembrei de todos os dias em que fui solteira por um ano e tanto e pensei, pensei, pensei tentando lembrar. Nåo achei. Nåo achei nada que pudesse me dar um prazer enorme hoje, e que estaria fazendo quando morava aqui sozinha.
Vejo gente sentindo saudade. Saudade da infancia, saudade da antiga relaçåo com aquela namorada, do primeiro amor, emprego, de pessoas que se foram, de ontem, do passado. Minhas fases foram absolutamente vividas. Os meus amigos de ontem nåo såo os mesmos, porque els também evoluiram. Os de amanhå nåo seråo os de hoje, porque eles evoluiråo e ainda viråo outros. Cada dia enquanto estive só aqui nesta casa foi tåo absolutamente bem vivido que nåo me deixou saudade, me deixou a felicidade de quem viveu cada dia como se fosse o último. E no meu presente, este que escolhi mesmo tendo uma vida tåo repleta até entåo, nåo me deixa com a sensaçao de que falta qualquer coisa. Porque nåo falta, sobra.
No dia de hoje falta o próprio presente. E o futuro, é claro. Por isso só tenho saudade hoje, de amanhå, porque meu presente e meu futurio eståo a alguns kilometros e morro de saudade.
Volta.

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