sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Lindinhos


Estava me divertindo um pouco com alguns dos meus blogs preferidos, e achei uma super dica no mymomissocool. Estes castiçais-abajours fofos que são moda lá fora e facílimos de fazer (taça de vinho + mini-cúpula + velhinha)dão graça a qualquer mesa de jantar. No meu caso, achei absolutamente perfeito, já que muitas vezes nos reunimos na varanda, onde bate um vento dos infernos. Ter a velhinha protegida de fato é outra coisa, e ainda com charme de sobra.
Seguindo a dica cliquei no designmania e comprei na hora. Vale a pena. Semana que vem eles devem chegar já pros primeiros jantares de 2011. Nada melhor do que colocar a mesa com um charminho extra.

Quase lá


Este final de ano está sendo uma loucura. Entre repensar os últimos doze meses, colocar tudo na balança, dar aquela pirada porque parece que não vai dar tempo de nada, terminar de trabalhar (ou tentar encaminhar tudo pelo menos) , comprar presentes, programar viagem, e ainda sobrar tempo para ser feliz em casa, com os amigos, com as crianças e ainda tentar ver algumas pessoas especiais antes das doze baladas de 31 de dezembro ocupou todo o meu tempo e energia. Nunca mais nem passei por aqui.
Mas ontem reencontrei grandes amigas de velhos tempos, tempos bem felizes na Almap/BBDO, aquela diversão de agência. E lembrei de algumas coisas, como no quanto foi divertido trabalhar um dia em propaganda, quando se acreditava que botar filme bom na rua importava de fato e fazia a diferença. Ao que parece, essa turma continua trabalhando pra isso, e eu adoro ser relembrada da famosa frase de Che Guevara: ´Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás´.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010






Amei o trabalho de Mark Ryden desde que vi um poster que anunciava uma exposição sua. Há vários e vários anos, em NY.
Agora mais do que nunca, admiro mais. Tranformar lágrimas, carinhas tristes, e cenas bizarras em pura diversão são a sua especialidade. Quero que seja a minha também!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Se você colocar no google "New Jersey Fashion" aparecem as imagens abaixo. E o mais interessante: são um retrato fiel da realidade.
So, welcome to my NY world and to my nightmare.


Ticando e follouapando


Estou em NY. Disso não posso me queixar.
São seis horas da tarde e a exatas nove horas estamos em reunião. Sem parar para o almoço, e sem achar que vale a pena. Acho interessante o jeito americano de ser, os milhões de check-lists e follow-ups independente da utilidade deles.
Temos uma grande apresentação ao cliente nesta quarta, aqui na big apple, onde teremos mais de cem pessoas presentes. Hoje, todos os continentes que apresentarão (menos USA, óbvio) estão aqui vendo as apresentações uns dos outros, um de cada vez. Onde o time global faz quase nenhum comentário. Amanhã em teoria será igual. Revisão.
E quarta, tudo de novo: a apresentação.
Como pode ocorrer a alguém deixar que pessoas façam três dias seguidos exatamente a mesma coisa? E pior, como (nós) pessoas inteligentes fazemos? Engraçado, não?
Pra mim, isso tudo acontece pelo medo e insegurança dos que lideram estes processos. É uma conversa maior, onde as pessoas por puro medo mantém abaixo de si, gente ruim, e sem terem coragem de demitir ou capacidade de treinar, deixam as criaturas lá.
Sendo assim, estão sempre inseguros sobre a entrega final, e o jeito é checar checar e checar. Neste caso, nós não fomos contratados por eles e as regioes parecem até bem competentes na entrega de seus trabalhos, ou foram nesta entrega. Mas os líderes não estão acostumados, então seguem fazendo o mesmo de sempre feito robôs. Checando muito e repetidas vezes, para o caso de algo dar errado. Porque se der, eles olham no check-list e vêem que estava ticado e portanto não é culpa de ninguém.
Mas nunca é culpa de ninguém em geral. So, what´s the point?

terça-feira, 19 de outubro de 2010


Linda a foto, em Copenhagen. Apesar de achar que um cachorro estaria muito melhor nessa cesta, este post fica em homenagem ao Rafa, meu enteado tão amado.
Ele nunca teve um gato, mas é apaixonado por eles. Também vai bem com cachorros, mas pira e se transforma quando vê um gatinho. Os olhos brilham e ele enlouquece. Definitivamente é incrível ver como bichos reconhecem isso, afinal (até) os gatos acabam se aproximando dele e saindo atrás, tipo cachorros (esses animais tão incríveis).
Infelizmente, apesar da nossa admiração pelo gosto do nosso querido, o Rafa vai precisar ter a sua própia casa (ou uma casa só dele) para realizar esse desejo. Porque na nossa, a cada dia que passa, amamos mais o nosso porco de estimação e definitivamente se nem com outros cachorros ele vai bem, imaginem só uma outra espécie dividindo o espaço.

Next Year






Gente em Estocolmo. Que bela inspiração: gente linda, moda, atitude e caras felizes.
Umas férias por lá não me fariam mal.



Considerados os "sapatinhos da estação" em Paris (pelo The Sartorialist) esse modelinho Valentino é uma graça. Certamente servirá de inspiração para várias marcas legais e que estão ao nosso alcance. O que me deixa feliz é que precisa ter personalidade pra usar, e isso definitivamente não é pra todas.
:)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Quero



Cada vez mais acho que é necessário regarmos todos os dias o que temos de bom na vida. Amor, amigos, trabalho, relações, o que for importante pra cada um. É tão difícil na rotina diária, e com o cansaço que ela nos proporciona, não esquecermos de dizer o quanto as pessoas são importantes, ou não esquecermos de agradar nem que seja com um bilhetinho.
Por isso me encantei por essa torradeira. Pode parecer bobagem, mas que maravilha é poder imprimir em pãezinhos todo o amor que sentimos pela família, e podermos demonstrar logo no café da manhã. Ou mostrar a nossos amigos queridos o quanto estamos felizes por eles estarem em nossa casa passando algumas horas.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Amei


Amei esse pufe da Missoni. Ele é lindo e básico apesar da estampa,acho que combina muito com tudo.
Mas adorei sobretudo porque ele é um pufe da marca, que tem cara de pufe. Sei que muitos discordarão, mas em geral detesto a Missoni porque absolutamente todas as peças poderiam tranquilamente ser pufes e almofadas. Acho os vestidos medonhos (com aquele acabamentozinho de toalha de mesa bordada do nordeste, com pontas)até porque eles combinam na vitrine perfeitamente com todas as almofadas, além das padronagens cansativas, e com um jeito de novo rico que se acha descolado. Afinal se vc está vestido de almofada, claro que só pode ser Missoni. E nada mais chic que vestir um grande logo, não é mesmo?
Mas verdade seja dita: estampa linda e moderna pra um pufe, e com design retrô. Nada mais cool.

Holambra - porque não


Pela minha mãe e minha avó, apaixonadas por plantas e flores e gaúchas (portanto vieram por apenas uma semana a SP) fomos a Holambra. Fefê, meu marido - o mais generoso do mundo possivelmente - dirigiu 220 km pra ir e 220 km pra voltar, num só dia. E de bom humor, sempre.
Chegando lá, supresa: uma feira no melhor estilo expocenter norte só que fora de SP, longe. Essa é a Expo Flora. Naturalmente fazia um calor de 100 graus, haviam 82 onibus (contados por mim) estacionados fora do evento, além de um pavilhão de flores e plantas a venda (vejam, essa é a melhor parte) tem também um pavilhão de quinquilharias, de adesivos a miniaturas de igreja em barro até relógios do Paraguai.
Dentro, nos vários ambientes, temos uma tentativa de Casa-Cor-das-Plantas, ou melhor, dos arranjos. Uma das coisas mais bizarras que já vi na vida.
Imagine todas as maiores cafonices em arranjos juntas, onde o ápice é uma espécie de capela com todos os tipos de arranjos com purpurinas, lantejoulas, isopor, e luzes piscando ao mesmo tempo. O cheiro naturalmente parecia de cemitério em dia de enterro de gente famosa e a sensação é tão prazeirosa quanto, afinal você esta sendo empurrado por uma multidão que vem atrás e não te deixa parar para observar aquelas maravilhas. Minha mãe e minha avó até se interessaram em tirar fotos, mas definitivamente conseguiram uma ou duas, afinal a multidão pressionava.
Fomos no passeio turístico chamado ´Flores variadas´. Havia este disponível e o ´Rosas vermelhas´.Uma fazenda de flores, que julgamos ser bacana, afinal essa era a expectativa das nossas visitantes. Pegamos um ônibus de excursão, com um guia (tadinho, de verdade, dava aquele constrangimento, principalmente porque ele também fazia piadas) e fomos deixados no começo de um canteirinho, dentro da tal fazenda. Algo que demoramos 30 segundos para percorrer e chegar ao fim. Lá vimos as tais flores variadas, brancas, amarelas e vermelhas, da mesma. E acabou.
Voltamos ao evento, e não ficamos para chuva de pétalas, me deu um certo pavor. Olhei pro chão imundo e não achei a menor graça ver uma multidão se jogando enquanto pétalas bizarras caiam de algum lugar. Que devia ser do inferno, e não do céu com certeza.
Comemos num bom restaurante no final do passeio. Detalhe: comida alemã e tailandesa num único lugar, são especializados nos dois. E a parte da Holanda em Holambra? Não vimos, mas a rodoviária do Tietê misturada com a Ilha do Dr. Moreau estava lá em peso.

Inspirador

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Inspiração

Nesta fase pós-mudança de casa não me canso de procurar blogs, sites e coisas boas de ver e comprar para deixar a casa cada vez mais bacana e com a nossa cara.
Acabo de dar uma olhada e me encantar com o site de uma marca Italiana Incrível. Vale a pena navegar e se inspirar.

http://www.minotti.com

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Experiência de não-compra


Passada a nossa mudança, semanas conturbadas e muito trabalho, voltei a ter inspiração pra escrever.
Depois de um dos (dois) carros da família ter sido reprovado no Controlar, finalmente decidimos trocá-lo. Está mais do que na hora, já que andamos com crianças por marginais e o carro apresenta alguns problemas devido a idade. Pensamos pensamos, visitamos uma concessionária da Honda, e uma da Kia. E lá fomos nós cheios da alegria para a Av. Cidade Jardim, na concessionaria Volkswagen do Dacon.
Caramba, a gente não aprende nunca, né? Nos deixaram esperando mais de meia hora, as pessoas não ofereceram água, café, ou sequer nos olharam. Minto, nos olharam de cara feia porque abrimos e fechamos portas de carro para olhá-los. Nada mais justo, afinal pra que mesmo eles estão ali expostos?
De repente surge uma sujeita com um cabelo louro e raiz preta, uma roupa muito mais justa do que a idade lhe permite, com uma cara absolutamente mal humorada, e acabada (odeio gente que trabalha com cara acabada, afinal pra isso existe maquiagem).
Ela já estava lá, mais ou menos sem fazer nada todo aquele tempo (era domingo e só dois atendimentos estavam sendo feitos). A moça encostou do nosso lado e perguntou o que procurávamos (talvez um trem, uma torta-mousse?). Daí a cada pergunta que fazíamos, vinha um suspiro, e uma negativa, para o que quer que fosse. O tal do cambio eletrônico do Space Fox parece uma bela porcaria pela descrição da tipa, mas nem adianta porque afinal o carro só chega em novembro. Se tiver interesse pode dar 10% de entrada, e se o preço aumentar até lá, é só desistir. Pode? O Jetta também só chega no final do ano, e o velho estava ali trancado e nunca ocorreu que talvez pudéssemos querer ver. O Golf mesma coisa, não tem exposto e só tem no final do ano. E mais, ainda não dá pra saber muito bem sobre ele.
Não sentamos, nem fomos convidados. Estávamos tão a fim que marcamos mesmo assim um test-drive. Mas prometo e juro que se gostarmos não compraremos naquela loja e nem com aquela sujeita que deveria estar vendendo coisas menos valiosas na Augusta. E pior, é a segunda vez que vamos nessa concessionária e somos absolutamente mal atendidos. Na primeira, tivemos o azar de tratar com uma gorducha de cara brilhante que também bufava. Será que bufar é pre-requisito? Será que precisa tanta força de vontade pra comprar um carro VW?
Vamos seguir tentando em outro endereço, afinal somos duros na queda.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Obra


Desde que começamos as obras na nossa nova casa, me pergunto uma coisa: porque eu, na minha profissão, sou obrigada a passar cronogramas, estimativas de custo, tudo compilado, previsto,planilhado, estimado muito perto da realidade, com deadlines seguros, ou arriscados, mas tudo absolutamente calculado. E ainda planos Bs, para toda e qualquer falha no processo.
E ai de mim se qualquer coisa fugir do controle. Meu ou da equipe. Meus ouvidos viram pinico daqui até o final dos meus dias de clientes infelizes. Ninguém entende os porquês, e a errada é sempre você que afinal deixou que algo escapasse do controle.
Por que em obra é diferente? Meu prórpio pai, engenheiro e experiente, quando falei que estava preocupada com os prazos, me falou: " conte com atrasos. Obras são assim". E todos falam a mesma coisa.
Obra é um processo orgânico, em que uma coisa depende da outra, e se um profissional não for, errar, ou atrasar, todo o resto se compromete. Criação e produção de campanhas também. A diferença é que ninguém mora dentro de uma, só ganha dinheiro com elas.
Eu estou tendo uma experiencia bem bacana com o escritóorio de arquitetura escolhido para a execução dos nossos projetos, mas ainda assim me pergunto o tempo todo: porque prazos, cronogramas e estimativas de custo são levados tão a risca e tão cobrados em algumas áreas e em outras não tanto? Será que é porque em um caso temos pessoas fisicas e no outro são pessoas jurídicas? Ou porque o contratante aqui tem um medo gigante de ser abandonado no meio de um processo penoso com pedreiros, pintores, marceneiros e um monte de sujeira e cimento? E no caso dos meus clientes, o medo do abandono é nosso, dos contratados?

terça-feira, 8 de junho de 2010

Um novo Romero?


Nunca tinha assistido a novela Passione. Aliás essa é uma promessa que me faço novela após novela. Preciso ter força para abrir mão de uma ótima conversa, de uma boa leitura, de jantar em silêncio , ou com música, ou conversando, e de horas silenciosas pra acompanhar um pouco do que o Brasil acompanha. Nada contra, só não tenho paciência. Mas trabalho com isso, então sou mais ou menos obrigada a ter bem mais do que idéia a respeito.
Assisti a um, dois, três capítulos. Até me diverti em alguns momentos. E surpresa: abertura com algo muito familiar pra mim que parecia extremamente com a obra de um artista incrível que admiro muito. Vik Muniz, dono de um trabalho que me emocionou por muito tempo ano passado.
Tive a chance de ir tres vezes em sua exposição em SP no Masp e em cada uma das vezes, mais suspirei e mais e deliciei com seu trabalho. Cheguei a fazer aposta que sim, era ele na abertura, mas não estava querendo acreditar.
E o velho e bom google esclareceu a dúvida. Sim, vik Muniz esta na abertura da novela. Fiquei paralisada, porque enxerguei nele daqui a dois anos um fazedor de Havaianas, panetones, e xícaras. Deprimente.
Será que ganhamos um novo Romero Britto?

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Trapalhões em Abhu Dabi


Antes de mais nada, este post ė de uma fã de Sex and the city. Tenho todas as temporadas. Reví várias vezes nos últimos muitos anos. Sou adoradora do guarda-roupa da Carry, amo a Samantha, sempre achei a Charlotte chata e a Miranda interessante, ela completa otimamente bem o quarteto. E claro, torci muito pelo final feliz com o Big. Fui para Nyc solteira com minha grande amiga Cintia há dois anos levando o guia Sex and the City, e nos divertimos muito indo a lugares onde elas estiveram em alguns episódios.
Ok, isso foi pra me dar algum credito.
Ontem fui ver o filme, ansiosa e feliz. Tudo lindo, figurino impecável, muito dinheiro ali colocado, naquela hora e meia ou duas absolutamente vazias. Sem história, sem humor, sem emoção, sem nada.
Cada uma fazendo caras e bocas, mudando de roupa sem parar e sem porque, no melhor estilo nada a ver. Nem sorriso de canto de boca esbocei, tudo é gratuito. Pobre roteirista, que deve ter remado para costurar essa colcha de retalhos que no final deu no que deu, o novo filme dos Trapalhões, como disse meu marido.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

The Castel and the Castel



Depois de passar umas horinhas no Getty Museum, em Los Angeles, sentada olhando para aquilo tudo, nåo pude deixar de comparar Paulo Getty ao Sr. Hearst, dono do Hearst Castel.
Getty também foi milionário, deixou uma fortuna inacreditável a família, mas ainda vivo, transformou sua mansåo em Malibu em museu para expor sua coleção de obras de arte. Ele achava que a arte deve ser pra todos. Ótima opinião.
Nåo sei exatamente em que momento construiu o Getty Museum, que é muito mais castelo do que o Hearst Castel (do post abaixo). É um prédio em cima de um morro com vista panorâmica de Malibu, Hollywood, mar e montanhas com mansões. Arquitetonicamente é impressionante, todo branco com mármores, o acervo é absurdo, e ainda tem exposiçoes em absolutamente todas as alas. Tive o previlegio de ver Leonardo da Vinci, desenhos, esculturas e esquetes, dele e de alguns de seus discípulos.
Além da riqueza em obras e vistas, såo seis andares de estacionamento, que levam até uma pequena estaçao de trem que é já na propriedade do museu. A pequena estrada que contorna o morro até chegar nas instalacões é maravilhosa, com um visual incrível, fora a organizaçao impecável.
Tudo isso gratuitamente para o visitante, que só precisa chagar lá e dedicar horas maravilhosas respirando arte. Isso sim é um milionário que dexiou um legado. Um legado cultural, um presente a todos.

www.getty.edu

terça-feira, 18 de maio de 2010

The castel





Nunca tinha ouvido falar no Hearst Castel atė poucos dias atrás. E olha que esta é a minha quarta vez na Califórnia, entre viagens de férias e profissionais.
Vimos no nosso maravilhoso guiazinho wallpaper uma recomendação quentíssima do castelo. Dizia que vale a pena mesmo saindo de S.francisco e andando três horas. Nós que já estávamos ali na One definitivamente precisávamos dar uma passada.
E fomos, com expectativas baixas achando que em uma hora veríamos tudo e pronto.
Pra começar o castelo pode ser visto da estrada, mas chega-se apenas e carro a um mega complexo turistico, super organizado, com guias, lanchonetes, cinema (sim, cinema, mostrando a sua construçåo) e onibus que saem a cada duas horas para visitas guiadas. E mais, existem tipos de visita, para os que já foram uma vez, para os que nunca foram, e assim por diante.
Em resumo: no início do século um homem chegou muito pobre a região da California e ficou milionário comercializando ouro. Seu filho, cresceu naquela paisagem, fez uma viagem enorme com os pais a europa quando criança e sonhou por sua vida toda com o tal castelo. Depois de ter comprado metade do estado, ser dono de TVs e rádios e ter virado o homem mais rico dos EUA, aos sessenta e poucos anos, começou e terminou sua grande obra. Onde ele vivia com todo o luxo, suas duas esposas e recebendo muitos amigos, incluindo o Chaplin.
O lugar é impressionante, puro luxo, gosto duvidoso, mas de encher os olhos. Tudo ė mega, desde a piscina, as acomodaçōes para os hóspedes, salas de estar e jantar. Isso sem falar dos jardins maravilhosos e de todo o resto (incluindo o quarto do dono) que não estava incluso no nosso tour para iniciantes.
Logo depois da visita fiquei me perguntando o que faltou na história. Se perdi a parte que ele faz bem a humanidade, em que doou obras de arte, ajudou velhinhos, criancinhas, enfim, qualquer coisa. Talvez até tenha de fato feito, mas a história do Castelo é: veja tudo o que o dinheiro pode comprar e ponto. Com os únicos propósitos do luxo, diversåo e ostentaçåo.
Entåo nåo se iluda, vale a pena inclusive porque é isso mesmo, enche os olhos e só.

I-pad


Chegamos em São Francisco quinta passada e depois de um dia delicious resolvemos ir até a loja da Apple mais próxima para comprar o nosso grande objeto de desejo: o I-pad. Ou melhor, um para cada um de nós. Fefê tem adoração pela apple, eu também, mas nada que se compare a dele. Mas confesso que fui completamente contaminada pela idéia.
Escolhemos um dia ótimo, uma loja calma e o momento perfeito para adquirirmos toda a fonte da nossa ansiedade. Chegamos lá, manuseamos, olhamos, sorrimos, chamamos a atendente e ouvimos um: it's sold out. Ficamos sem fala. Ela nos disse que em toda a california está indisponivel. E realmente foi aqua sensação de quando éramos crianças e ouvíamos um nāo para um brinquedo novo.
Obviamente isso não estragou a nossa felicidade, mas por alguns momentos deu uma certa murchada.
Não desistimos e no dia seguinte voamos até uma outra loja onde entramos numa fila de espera para tentarmos ser chamados a comprar os I-pads em LA. Mas a previsao era entre sete e Dez dias e cada um tinha direito a entrar na fila por dois delles. Eu entrei numa loja em um shopping fora do circuito chamado Century, e o Fefê na third st Promenade, altamente disputada.
Surpresa! Hoje, terça, chegaram dois emails avisando dos meus dois I-pads disponíveis, portanto os nooses. Voamos até a loja e adquirimos felizes, felizes e felizes.
Já estou escrevendo dele e não dá par descrever o que ė isso. Vale a Pena experimentar, pelo menos ir até uma loja para conhecer de pert. Não sei Como pude viver sem isso atė hoje.

Surpresa




Pismo Beach foi uma grande surpresa pra mim. Agendamos a nossa ida a Såo Luis Obispo, e ficar em Pismo Beach, que é uma praia numa ponta foi uma circunstancia. Boa relaçåo custo benefício e pronto.
Chegamos lá e nåo dava pra ver nada muito bem, só que o hotel parecia fraco. Simplinho por fora e como estava muito frio, fiquei no fundo meio desanimada com um banho mais ou menos, ar condicionado mais ou menos e ter que passar um pouco de frio.
Ao contrário de tudo que parecia, realmente excelente relaçåo custo benefício. Hotel delicioso, quarto excelente, internet grátis no quatro, banho incrível , cama ótima, e térreo, para nåo precisarmos carregar muito as nossas malas.
Pra completar chegamos no final da tarde e o o hotel é debruçado num despenhadeiro em cima do mar, ao lado de apenas dois hoteis, todos pequenos e bem chiques. Ninguém andando por ali, vimos um por-do-sol impressionante, exatamente aquele do final do desenho o Pica Pau: uma bola de fogo em cima do mar. LINDO.
O lugar vale muito a pena, se tiver a chance de pegar a Highway One, nåo deixe de passar uma noite com direito a final de tarde no SpyGlass Inn.

sábado, 15 de maio de 2010

' SAVING IS THE NEW SPENDING'

- outdoor espalhado por San Francisco do Wells Fargo Bank -

Pedale


Nunca curti muito andar de bike. Até já tentei gostar, mas já é hora de contar pra mim mesma várias coisas , e uma delas é que nåo gosto de sair pedalando pela rua, tenho medo. Prefiro correr, porque nåo me sinto correndo perigo de ser atropelada por carros ou por outros ciclistas. Outra coisa que assumi recentemente é que tenho medo de elevadores que despencam, montanhas russas e brincaderas que dåo frio na barriga na maioria.
Meu marido é um ser que pedala, adora bicicleta e sente muita falta de fazer trilhas e corridas de aventura. Eu sou um ser a pé, mas me convenci a alugar uma bike em Santa Barbara, onde a pequena cidade-praia é totalmente biker's friendly, além de ser uma tranquilidade. E que surpresa, ainda alugamos uma Tanden, com lugar pra dois pedalarem.
Conseguimos explorar a orla toda em tempo recorde, descobrimos um lago lindo, com direito a vale e casas maravilhosas ao redor. Sentimos o ventinho frio batendo no rosto num lindo dia de sol. E isso claro, sem contar a sensaçåo de estar fazendo exercício, que é sempre ótima.
Aconselho muito em viagens e nos finais de semana (em cidades seguras pra isso). Pedale, além de ótimo exercício, ajuda a salvar o planeta e te faz conhecer a cidade de um outro jeito, com outro olhar.

Em Vegas



Imagine que para entrar no seu hotel você cruze obrigatoriamente pela Hot zone do shopping Morumbi (lugar dos fliperamas e jogos) multiplicada por dez em tamanho. Tenha ainda no segundo piso uma espécie de praça de serviços do shopping Eldorado (sim, naquele buraco onde tem a polícia federal), tudo isso coma freqüência do pavilhåo 9 do Carandirú, onde pessoas circulam muito bêbadas dizendo bizarrices a partir de 8h da manhå non stop. E claro, com a sensaçao de estar permanentemente dormindo e acordando dentro de um imenso cinzeiro.
O positivo do local é que pra quem gosta tem um elevador que despenca do 100 andar numa torre em cima do hotel, e ainda um trenzinho que fica lá em cima pendurado. Eu como já estava ok de emoções, passei a bola.
Este é o Hotel Stratosphere em Vegas. Sorte que estávamos felizes felizes, com nossas férias e casamento. Se nåo, teríamos mudado com com certeza.

domingo, 28 de março de 2010

Lá e aqui


Passei 8 dias na Venezuela filmando, acabo de chegar.
Assustador ter sentido tanto receio de ir pra lá. Pelo perigo, pela crise, pelo momento do pais.
De toda idéia que tinha da insegurança, me enganei bastante em relaçåo ao medo, porque nem cheguei a me sentir insegura. Mas determinadas situaçoes realmente fazem com que quaquer pessoa possa sentr a crise que a populaçao vive.
Primeiro, tudo está a meia luz, na penumbra. Lojas, restaurantes, hotéis. Nosso hotél era o Pestana, que entra na categoria hotel-boutique, e faltava luz pra passar um batom direito. Parecia proposta, e poderia até ser, mas nåo era. Ar condicionado só funcionava na sala onde estávamos durante dois dias. O resto da produtora as escuras, totalmente.
Meio surreal termos direito a este luxo só por sermos estrangeiros e porque possivelmente a empresa a qual estava trabalhando pra nós se programou muito bem pra nos receber.
A água é ligada duas vezes ao dia para a grande maioria da populaçåo e isso é muito perceptivel na sujeira dos pratos, talheres e copos. O maior shopping de Caracas, que tem cara de Center Norte em véspera de Natal, ficou metade desligado num sabado a noite, quando tive o desprazer de andar por lá. E aí sim, confesso que senti um certo medo, afinal tenhpo cara de gringa e nåo estava com nenhum segurança armado comigo num lugar cheio, e praticamente a luz de velas.
A semana passou, estou aqui de volta, feliz, tranquila e voltando do shopping. E depois de uma semana achando que coisas poderiam acontecer e tomando mil cuidados na Venezuela, o celular do meu marido foi roubado no Iguatemi, em pleno reduto dos endinheirados paulistanos.
Isso é pra mostrar como devemos olhar pro nosso próprio umbigo primeiro.

sexta-feira, 5 de março de 2010


Este vai pra minha queria amiga Karina.
E pra mim mesma, que deveria ter lido isso no ano passado, quando várias vezes me senti tão cansada e com a sensação de que não chegaria viva sem férias no final do ano. Mas no fundo sabia que era fase, que era uma grande fase de encaixes.
Cheguei. Tudo passou, melhorou, se resolveu, até a proxima onda de percalços. É assim né, e que bom. Mas o melhor mesmo é sabermos aproveitar quando o tempo da tranqülidade vem, os dias com pouco pra fazer no trabalho, ou os dias em que não temos nada programado num sábado e nada vem a cabeça. Precisamos saber aproveitar o óssio, a calmaria. Odeio aquela gente que inventa motivos pra estar cansada, ou sempre acha que não estar estressado é não estar vivo. Nossa, que falta de sabedoria.

quarta-feira, 3 de março de 2010


Existe uma New Jersey inteira dentro de NYC.
Estava acostumada a ir pra Alemanha ultimamente a trabalho. As mulheres por lá são basicamente tão descoladas que parecem um pouco sujas, com aquele cabelo seboso, e aquelas roupas soltas meio sem cor. Quando aparecia uma em alguma reunião que tirava o seu casaco e estava elegantemente vestida, eu fazia questão de fazer um belo elogio. Afinal estávamos em Hamburgo, berço de uma grande empresa de beleza , apesar do frio alemão e da cultura da falta de vaidade. Troquei de trabalho, de empresa de beleza e de país onde nossa matriz e o cliente estão sediados. Mas apesar de tudo acontecer em NYC e graças a Deus, meu cliente ser uma baita marca de cosméticos mundial, é impressionante como dentro das empresas o pessoal não tem vaidade alguma. Da porta pra dentro, as roupas combinam e muito com aqueles aqueles carpetes beges.
Aquele lugar incrível que esbanja moda, com sobreposições descombinadas e absurdamente descoladas não faz parte do meu mundo New Yorker. No meu mundo, as mulheres andam de saia sem corte pelo joelho, meia de seda COR DA PELE (SIM, COR DA PELE) e aqueles scarpins de senhoras idosas com o calcanhar de fora com salto puído. Isso pra não falar da combinação de beges, azuis, marrons, tudo que tenha a menor graça possivel combinado com algo sem graça, e casaquinhos quaisquer horrorosos que caem sobre aquelas carcaças sem atitude.
Fora o fato, muito bem observado pela minha cliente brasileira cheia de estilo, de cada uma das mulheres ter apenas UM casaco que é usado a semana inteira, sem falhar um só dia. Isso também vale para gorros, cachecóis e luvas, que também nessa cultura nada New Yorker, não precisam ser variados e muito menos combinados com nada. Me senti sentada em reuniões na Minnesota de dezoito anos atrás, onde eu via minha host mother sair pra trabalhar e me perguntava de que planeta ela tinha surgido. Agora me pergunto onde foi que New Jersey cruzou as pontes e se instalou exatamente dentro das companhias em Nova York, em plena Avenida das americas, quase com a quinta e com a Madison, ao lado das Pradas, Guccis e Versaces.
Ouvi lá pelas tantas de uma colega de agencia a seguinte frase: Fashion stays home in the winter. Até aí tudo bem, afinal qualquer coisa pode ser chamada de fashion ou não. Mas e a vaidade? Fica em casa por uma temporada inteira também? Preguiça, não?

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Morandi


Sigo em NYC. Na minha jornada bem trabalhosa de trabalho. Achei que teria uma viagem mais leve, por ser a primeira com meu novo cliente. Mas que nada, me enganei total, está rolando rock N´Roll pesado, mas pra isso estou.
Achei que chegaria destruída ontem no hotel a noite, morrendo de sono. De fato estava acabada, mas minha agitação era tamanha que o melhor negócio foi mesmo encarar a reserva no Morandi e ir conhecer. O restaurante foi super em indicado, e é dos mesmos donos do Pastis e Bathazar, o que já no mínimo torna o lugar obrigatório de se conhecer.
Lá fomos nós felizes e contentes, tudo perfeito. No momento em que colocamos o pé no lcal já vimos que tinhamos conseguido ouvir um ao outro pela última vez minutos antes. O restaurante é absurdamente barulhento, cheio (isso já imaginava), o atendimento é bem mais ou menos, sem nem comentar muito do garçon ter dito que só poderiamos pedir entrada junto com os pratos principais. Isto é, eles decidem o ritmo em que comemos. Não curti.
As pessoas falavam num tom de voz muito acima da média, o lugar é enorme, bem italianinho em termos de decoração, e a comida sinceramente tinha gosto a nada. Zero tempero, zero personalidade. E nem foi azar, provei a do Fefê e mantive minha opinião.
Ganhou nota 4, só porque é em NYC. Se fosse em SP, ganharia um 2.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

DBGB


Cá estou eu, em NYC. A trabalho, feliz da vida, e finalmente com uma chance de passar alguns dias também aproveitando um pouco. Afinal consegui um dia antes e um depois do trabalho. Delicia.
E como costumo lembrar que para uma NYC, tem umas cinco Venezuelas, quero aproveitar todos os segundos livres, inclusive jantando a noite também na companhia da minha cliente. Que aliás, isso é um capítulo a parte, nada como ter uma cliente bacana, descolada e super agradável. Uma benção de fato.
Ontem depois de conhecer os laboratórios em New Jersey do meu cliente, fomos para o hotel descansar entre 18h e 20h. Estava acabada, mas ainda assim criei forças para levantar abaixo de insistência para irmos cumprir a nossa agenda de reservas.
Nosso destino foi o DBGB, do chef modernetes Daniel Boulud, incrível incrível incrível. O lugar é descolado e super aconchegante, todas as estantes que estariam numa adega, ou cozinha, com pratos , copos, talheres, e vidros de coisas estão expostos e fazem parte da decoração. O cardápio é absolutamente contemporâneo e oferece uma mistura de coisas que eu não saberia colocar numa mesma categoria. Eu comi uma massa com caviar e camarões, Fefê vitela e Patricia já não lembro. Tudo ótimo, decoração incrível, e apesar da hostess ter uma atitude de moça de vida fácil (ai que vontade de resumir melhor isso) nada como chegar num lugar com reservas e a mesa estar pronta em cinco minutos, com um super atendimento, drinks deliciosos e comida incrível . Um luxo.
Vale a pena.
WWW.DBGB.com
299, bowery (entre Houston e first st.)

domingo, 24 de janeiro de 2010

Babies - the movie


Um dos esportes prediletos do pessoal aqui de casa (Pai e filhos) é ver trailers na Apple TV. Um dos últimos descobertos é o do filme Babies. Tem cara de documentário, mas só o trailler já vale a pena. Tudo uma graça: trilha, fotografia, astral e pelo visto, as próprias histórias de bebês em quatro lugares radicalmente diferentes do mundo.

Vale dar uma olhada no trailer.

http://www.youtube.com/watch?v=db3Fifi8JiY

sábado, 23 de janeiro de 2010

Chefes



Depois de cinco anos (e quinze ao todo trabalhando) volto a ter um chefe. Engraçado ter podido aproveitar no meu último trabalho todas as oportunidades de simplesmente me sentir sozinha, e de fato ser. Mas nåo de direito, é claro.
Tive tudo de bom e tudo de ruim dessa experiência, ao mesmo tempo, basicamente sem KY em muitos momentos. E em muitos outros com a absoluta certeza de que muitas coisas só aconteceram porque estava lá, com energia, corpo e alma. E pulso, claro.
Agora, mudei (também) para ficar perto de um sujeito no qual acredito, no qual confio na postura, no qual admiro a coragem e admiro a carreira. Nåo dá pra saber como será a convivência, e pode parecer estranho pra muitos, mas estava louca por um chefe. Nåo pra ser mandada, até porque cada dia que passa está mais claro que ele nåo me contratou pra isso. Mas pra ter a troca, o aprendizado, o meu olhar de admiraçåo pra um profissional. Fazia tempo que nåo tinha a maravilhosa sensaçåo de entender a cada conversa porque aquele ser é meu chefe, nåo meu par ou subordinado.
Adoro ver coragem, adoro ver que existe gente com coragem, e que usa a coragem no dia-a-dia. Que diz o que pensa porque de fato pensa. Porque tem referências, vivéncia e segurança. Odeio as palavras pelas palavras, o vazio, o medo de dizer nåo e o medo de dizer sim. Como diria RicardoTaunay (possivelmente um dos grandes chefes que tive): o medo de perder tira a vontade de ganhar.
Entåo bem vinda nova vida profissional, e felicidades ao meu novo chefe. Certamente nåo vai ser fácil. Mas com certeza será bem bom.

Sábado a noite em casa

FF Trabalha, Luiza e Faisca dormem. Eu, aqui feliz.


Foto do (muito bacana) Don't Touch My Moleskini.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

no parquinho no primeiro dia do ano

Primeiro dia útil do ano e eu de volta do feriadao com minha família. Crianças de férias, e eu sem trabalhar por apenas um dia útil.
Resolvi fazer de conta que sou dona de casa full- time e tentei sentir o gostinho de nåo trabalhar (fora) porque trabalhar é pouco quando se tem duas crianças. Levantei para fazer café ao meu marido, vesti a Luiza e dei café da manhå, depois acordei o Rafa e sentei na mesa com ele, conversei com a empregada sobre as mil coisas que ja havia conversado e nunca foram feitas, almocei com eles e Fefe. Depois praça Buenos Aires com direito a pazinhas, baldes, areia, lama, fraldas trocadas na praça, crianças imundas e måes, ah as måes... esse é um capítulo a parte. Comprei o Estadåo, a Veja, e lá fiquei curtindo as crianças e tentando interagir somente com eles. Mas måes em grupos numa segunda-útil a tarde com filhos que já caminham (afinal se estivessem de lincensa maternidade os filhos nåo estariam brincando) såo realmente pessoas com as quais nåo convivo em geral, por pura falta de oportunidade é claro. As vezes em momento de muito estresse no trabalho resolvo imaginar como a vida seria maravilhosa cuidando dos filhos, com a vida que tenho mas sem a responsa do trabalho. Mas vejo o quanto é positivo ter porque ler jornal, revista, sair de casa, me arrumar, ter no minimo a obrigacao de ser informada, ter assunto e me manter interessante. Mesmo sem querer as vezes. Sempre imagino mulheres lindas, bacanas, com tudo isso, mas só cuidando da casa, que diga-se de passagem nåo é ' só', afinal que trabalheira. Mas porque as måes do parquinho só falavam do quanto os filhos såo malcriados, eståo insuportáveis, do quanto os maridos chegam tarde, de como é dificil cuidar da família e todas as mazelas da vida de dona de casa? Foram várias as que se juntaram as duas sentadas com o maior numero de crianças e brinquedos e o assunto era sempre o mesmo. Nos meus sonhos dourados ficar apenas com os filhos nåo é só terror e pänico. Tem muito prazer, alegrias e pontos positivos. Como tudo, aliás. Trabalhar e ter uma profissåo que todo mundo acha interessante (inclusive eu) também tem prós e obviamente contras.
Mas olhando para aquelas mulheres nao entenbdi muito bem a queståo toda. Todas pareciam saudáveis e inclusive pelo bairro e trajes, bem de vida. Nåo entendo porque é tåo mais fácil sentar num linda praça (no caso a Buenos Aires) num lindo bairro, com crianças saudáveis e reclamar e reclamar. É tao mais saudável ir atrás do que se quer, ou pelo menos tentar saber o que quer e ir atrás, que essa ida ao parquinho de hoje foi bem útil pra mim. Saber que amanhå vou para um grande novo desafio na minha carreira que me tomará tempo e energia me deixa ainda mais feliz, porque quero tudo, e de preferencia ao mesmo tempo. Felicidade completa, com filhos, trabalho, enteados, marido e todos dando bastante trabalho as vezes, e as vezes somente prazer. Mas basicamente prazer, porque crer que se pode ter tudo e tentar ter, já é muita coisa e prazeiroso suficiente.