terça-feira, 8 de junho de 2010

Um novo Romero?


Nunca tinha assistido a novela Passione. Aliás essa é uma promessa que me faço novela após novela. Preciso ter força para abrir mão de uma ótima conversa, de uma boa leitura, de jantar em silêncio , ou com música, ou conversando, e de horas silenciosas pra acompanhar um pouco do que o Brasil acompanha. Nada contra, só não tenho paciência. Mas trabalho com isso, então sou mais ou menos obrigada a ter bem mais do que idéia a respeito.
Assisti a um, dois, três capítulos. Até me diverti em alguns momentos. E surpresa: abertura com algo muito familiar pra mim que parecia extremamente com a obra de um artista incrível que admiro muito. Vik Muniz, dono de um trabalho que me emocionou por muito tempo ano passado.
Tive a chance de ir tres vezes em sua exposição em SP no Masp e em cada uma das vezes, mais suspirei e mais e deliciei com seu trabalho. Cheguei a fazer aposta que sim, era ele na abertura, mas não estava querendo acreditar.
E o velho e bom google esclareceu a dúvida. Sim, vik Muniz esta na abertura da novela. Fiquei paralisada, porque enxerguei nele daqui a dois anos um fazedor de Havaianas, panetones, e xícaras. Deprimente.
Será que ganhamos um novo Romero Britto?

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Trapalhões em Abhu Dabi


Antes de mais nada, este post ė de uma fã de Sex and the city. Tenho todas as temporadas. Reví várias vezes nos últimos muitos anos. Sou adoradora do guarda-roupa da Carry, amo a Samantha, sempre achei a Charlotte chata e a Miranda interessante, ela completa otimamente bem o quarteto. E claro, torci muito pelo final feliz com o Big. Fui para Nyc solteira com minha grande amiga Cintia há dois anos levando o guia Sex and the City, e nos divertimos muito indo a lugares onde elas estiveram em alguns episódios.
Ok, isso foi pra me dar algum credito.
Ontem fui ver o filme, ansiosa e feliz. Tudo lindo, figurino impecável, muito dinheiro ali colocado, naquela hora e meia ou duas absolutamente vazias. Sem história, sem humor, sem emoção, sem nada.
Cada uma fazendo caras e bocas, mudando de roupa sem parar e sem porque, no melhor estilo nada a ver. Nem sorriso de canto de boca esbocei, tudo é gratuito. Pobre roteirista, que deve ter remado para costurar essa colcha de retalhos que no final deu no que deu, o novo filme dos Trapalhões, como disse meu marido.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

The Castel and the Castel



Depois de passar umas horinhas no Getty Museum, em Los Angeles, sentada olhando para aquilo tudo, nåo pude deixar de comparar Paulo Getty ao Sr. Hearst, dono do Hearst Castel.
Getty também foi milionário, deixou uma fortuna inacreditável a família, mas ainda vivo, transformou sua mansåo em Malibu em museu para expor sua coleção de obras de arte. Ele achava que a arte deve ser pra todos. Ótima opinião.
Nåo sei exatamente em que momento construiu o Getty Museum, que é muito mais castelo do que o Hearst Castel (do post abaixo). É um prédio em cima de um morro com vista panorâmica de Malibu, Hollywood, mar e montanhas com mansões. Arquitetonicamente é impressionante, todo branco com mármores, o acervo é absurdo, e ainda tem exposiçoes em absolutamente todas as alas. Tive o previlegio de ver Leonardo da Vinci, desenhos, esculturas e esquetes, dele e de alguns de seus discípulos.
Além da riqueza em obras e vistas, såo seis andares de estacionamento, que levam até uma pequena estaçao de trem que é já na propriedade do museu. A pequena estrada que contorna o morro até chegar nas instalacões é maravilhosa, com um visual incrível, fora a organizaçao impecável.
Tudo isso gratuitamente para o visitante, que só precisa chagar lá e dedicar horas maravilhosas respirando arte. Isso sim é um milionário que dexiou um legado. Um legado cultural, um presente a todos.

www.getty.edu