domingo, 24 de janeiro de 2010

Babies - the movie


Um dos esportes prediletos do pessoal aqui de casa (Pai e filhos) é ver trailers na Apple TV. Um dos últimos descobertos é o do filme Babies. Tem cara de documentário, mas só o trailler já vale a pena. Tudo uma graça: trilha, fotografia, astral e pelo visto, as próprias histórias de bebês em quatro lugares radicalmente diferentes do mundo.

Vale dar uma olhada no trailer.

http://www.youtube.com/watch?v=db3Fifi8JiY

sábado, 23 de janeiro de 2010

Chefes



Depois de cinco anos (e quinze ao todo trabalhando) volto a ter um chefe. Engraçado ter podido aproveitar no meu último trabalho todas as oportunidades de simplesmente me sentir sozinha, e de fato ser. Mas nåo de direito, é claro.
Tive tudo de bom e tudo de ruim dessa experiência, ao mesmo tempo, basicamente sem KY em muitos momentos. E em muitos outros com a absoluta certeza de que muitas coisas só aconteceram porque estava lá, com energia, corpo e alma. E pulso, claro.
Agora, mudei (também) para ficar perto de um sujeito no qual acredito, no qual confio na postura, no qual admiro a coragem e admiro a carreira. Nåo dá pra saber como será a convivência, e pode parecer estranho pra muitos, mas estava louca por um chefe. Nåo pra ser mandada, até porque cada dia que passa está mais claro que ele nåo me contratou pra isso. Mas pra ter a troca, o aprendizado, o meu olhar de admiraçåo pra um profissional. Fazia tempo que nåo tinha a maravilhosa sensaçåo de entender a cada conversa porque aquele ser é meu chefe, nåo meu par ou subordinado.
Adoro ver coragem, adoro ver que existe gente com coragem, e que usa a coragem no dia-a-dia. Que diz o que pensa porque de fato pensa. Porque tem referências, vivéncia e segurança. Odeio as palavras pelas palavras, o vazio, o medo de dizer nåo e o medo de dizer sim. Como diria RicardoTaunay (possivelmente um dos grandes chefes que tive): o medo de perder tira a vontade de ganhar.
Entåo bem vinda nova vida profissional, e felicidades ao meu novo chefe. Certamente nåo vai ser fácil. Mas com certeza será bem bom.

Sábado a noite em casa

FF Trabalha, Luiza e Faisca dormem. Eu, aqui feliz.


Foto do (muito bacana) Don't Touch My Moleskini.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

no parquinho no primeiro dia do ano

Primeiro dia útil do ano e eu de volta do feriadao com minha família. Crianças de férias, e eu sem trabalhar por apenas um dia útil.
Resolvi fazer de conta que sou dona de casa full- time e tentei sentir o gostinho de nåo trabalhar (fora) porque trabalhar é pouco quando se tem duas crianças. Levantei para fazer café ao meu marido, vesti a Luiza e dei café da manhå, depois acordei o Rafa e sentei na mesa com ele, conversei com a empregada sobre as mil coisas que ja havia conversado e nunca foram feitas, almocei com eles e Fefe. Depois praça Buenos Aires com direito a pazinhas, baldes, areia, lama, fraldas trocadas na praça, crianças imundas e måes, ah as måes... esse é um capítulo a parte. Comprei o Estadåo, a Veja, e lá fiquei curtindo as crianças e tentando interagir somente com eles. Mas måes em grupos numa segunda-útil a tarde com filhos que já caminham (afinal se estivessem de lincensa maternidade os filhos nåo estariam brincando) såo realmente pessoas com as quais nåo convivo em geral, por pura falta de oportunidade é claro. As vezes em momento de muito estresse no trabalho resolvo imaginar como a vida seria maravilhosa cuidando dos filhos, com a vida que tenho mas sem a responsa do trabalho. Mas vejo o quanto é positivo ter porque ler jornal, revista, sair de casa, me arrumar, ter no minimo a obrigacao de ser informada, ter assunto e me manter interessante. Mesmo sem querer as vezes. Sempre imagino mulheres lindas, bacanas, com tudo isso, mas só cuidando da casa, que diga-se de passagem nåo é ' só', afinal que trabalheira. Mas porque as måes do parquinho só falavam do quanto os filhos såo malcriados, eståo insuportáveis, do quanto os maridos chegam tarde, de como é dificil cuidar da família e todas as mazelas da vida de dona de casa? Foram várias as que se juntaram as duas sentadas com o maior numero de crianças e brinquedos e o assunto era sempre o mesmo. Nos meus sonhos dourados ficar apenas com os filhos nåo é só terror e pänico. Tem muito prazer, alegrias e pontos positivos. Como tudo, aliás. Trabalhar e ter uma profissåo que todo mundo acha interessante (inclusive eu) também tem prós e obviamente contras.
Mas olhando para aquelas mulheres nao entenbdi muito bem a queståo toda. Todas pareciam saudáveis e inclusive pelo bairro e trajes, bem de vida. Nåo entendo porque é tåo mais fácil sentar num linda praça (no caso a Buenos Aires) num lindo bairro, com crianças saudáveis e reclamar e reclamar. É tao mais saudável ir atrás do que se quer, ou pelo menos tentar saber o que quer e ir atrás, que essa ida ao parquinho de hoje foi bem útil pra mim. Saber que amanhå vou para um grande novo desafio na minha carreira que me tomará tempo e energia me deixa ainda mais feliz, porque quero tudo, e de preferencia ao mesmo tempo. Felicidade completa, com filhos, trabalho, enteados, marido e todos dando bastante trabalho as vezes, e as vezes somente prazer. Mas basicamente prazer, porque crer que se pode ter tudo e tentar ter, já é muita coisa e prazeiroso suficiente.