domingo, 28 de março de 2010

Lá e aqui


Passei 8 dias na Venezuela filmando, acabo de chegar.
Assustador ter sentido tanto receio de ir pra lá. Pelo perigo, pela crise, pelo momento do pais.
De toda idéia que tinha da insegurança, me enganei bastante em relaçåo ao medo, porque nem cheguei a me sentir insegura. Mas determinadas situaçoes realmente fazem com que quaquer pessoa possa sentr a crise que a populaçao vive.
Primeiro, tudo está a meia luz, na penumbra. Lojas, restaurantes, hotéis. Nosso hotél era o Pestana, que entra na categoria hotel-boutique, e faltava luz pra passar um batom direito. Parecia proposta, e poderia até ser, mas nåo era. Ar condicionado só funcionava na sala onde estávamos durante dois dias. O resto da produtora as escuras, totalmente.
Meio surreal termos direito a este luxo só por sermos estrangeiros e porque possivelmente a empresa a qual estava trabalhando pra nós se programou muito bem pra nos receber.
A água é ligada duas vezes ao dia para a grande maioria da populaçåo e isso é muito perceptivel na sujeira dos pratos, talheres e copos. O maior shopping de Caracas, que tem cara de Center Norte em véspera de Natal, ficou metade desligado num sabado a noite, quando tive o desprazer de andar por lá. E aí sim, confesso que senti um certo medo, afinal tenhpo cara de gringa e nåo estava com nenhum segurança armado comigo num lugar cheio, e praticamente a luz de velas.
A semana passou, estou aqui de volta, feliz, tranquila e voltando do shopping. E depois de uma semana achando que coisas poderiam acontecer e tomando mil cuidados na Venezuela, o celular do meu marido foi roubado no Iguatemi, em pleno reduto dos endinheirados paulistanos.
Isso é pra mostrar como devemos olhar pro nosso próprio umbigo primeiro.

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