sexta-feira, 24 de julho de 2009

Business Class


Desde meus tempos com Nokia nåo sabia o que era viajar de business class. E olha que nåo era sempre, em 2005 cheguei a fazer 42 viajens internacionais de janeiro a dezembro. Sim, contei uma vez enquanto fiquei presa no México por 16 horas na sala de embarque (tempos de crise da Varig quando cancelavam voos já depois de estarem horas atrasados). Naquele tempo nåo tinha wi-fi na maioria dos aeroportos na America Latina (bom , segue nåo existindo) e depois que o i-pod terminava, e os livros idem, ou a pessoa andava, ou comprava em freeshops (nåo era o caso) ou contava entradas em paîses. E o melhor é que nesses lugares, também nåo existem tomadas em geral.
Mas hoje nåo, graças a deus nåo viajo mais tanto assim. E a América Latina deixou de ser parte do dia-a-dia. E nåo que tenha sido ruim, muito pelo contrário. Mas pra felicidade geral da naçåo, meus destinos a trabalho såo Alemanha (sempre de Classe econømica) e agora LA.
Cá estou eu, em LA, trabalhando desde 10h da manhå (depois de ter chegado mais de duas, horário local, e portanto 6h da manhå no Brasil). Nåo tenho jetleg, estou rendendo, e já fiz duas reuniøes hoje, e såo só 16h. Sinceramente, devo isso a business Class.
Essa é a resposta para todos os males, ou quase todos. E sábios såo os que pagam sabendo disso. E nåo é por acaso que a grande investidora da minha classe executiva foi a Apple. Nem era uma super få até o momento, era apenas uma admiradora. Mas sou obrigada a dizer que minha admiraçåo já começou aí, afinal classe executiva e bons hoteis eståo em falta nos dias de hoje no mundo corporativo. Nåo me importou muito entrar num vøo de Mexicana Airlines, via Mexico City, que levava 20 horas. Afinal, sabia que iria deitar e dormir, iria comer bem, com espaço pra todos os meus objetos pessoais, com água no meio do dia e da noite, uma necessaire com escova e pasta, e até coca light se eu pedisse. E dito e feito. Cheguei cansada, mas como se eu eu tivesse dirigido até Camburí. E nao como se eu tivese voado, esperado, voado de novo, por 20 horas. Além disso, cheguei num ótimo hotel sheraton, confortável, com camas incríveis (duas de casal naquele ótimo estilo americano) e uma decoraçåo bem bacana, cheia de bossa. Fácil de relaxar, dormir, e descansar, mesmo que em apenas quatro horinhas de cama de verdade.
Entåo, errado achar que economiza-se nåo dando conforto a executivos que deixam as suas casas, familias, programas e rotina para viajar. Quando a empresa decide investir em conforto, terá horas a mais de trabalho, terá um rendimento muito melhor, terå um trabalhador arregaçando as mangas para se matar trabalhando e render ao máximo. Afinal, a empresa está fazendo a sua parte, nåo há desculpa para nåo obter a entrega. E a entrega é o bom trabalho.
Saber que é preciso dormir bem, estar bem acomodado, ter a possibilidade de comer direito, e poder ter acesso a tecnologia de qualidade para trabalhar e porque nåo, se comunicar com a família enquanto está longe, nåo é um investimento alto. Muito pelo contrário, é o minimo, é um sinal de inteligencia, critério. É um grande sinal de competencia saber onde e como melhor colocar o seu dinheiro. E sem dúvida investir em bem estar e qualidade numa viagem, traz muito mais disposiço, e como consequencia trabalho. E naturalmente, nåo preciso dizer que este é o jeito mais óbvio de se obter um retorno (em grana) muito maior.

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