quarta-feira, 13 de maio de 2009

Subjetividade da dor


Enquanto tentava nåo tomar o meu remédio nível 3 pra dor do meu pós-operatório, comecei a procurar definiçøes de dor.
Talvez estivesse atrás de algo mais poético, mas realmente quando nao se trata de dor de amor, o que está disponivel pra leitura é, em sua maioria, material voltado a médicos. Isto é, nao entendo nada, e os textos me dåo mais sono do que se eu tomasse o tal remédio 3.
Mas é bom encontrar algo sobre a subjetividade da dor, como o texto abaixo. Realmente, é tudo tåo subjetivo, que chega a vir junto com calor, frio, sono, insønia, vontade de ficar só, votande de colo, falta de paciencia, falta de vontade de tudo, vontade de chorar, gritar, vontade de ficar parada, ou até mesmo num breve intervalo em que ela se vai, vontade de fazer tudo ao mesmo tempo.
Dá vontade de viver, sem dor. Mas a gente só se dá conta disso, tendo uma, forte, latente, que vai e volta (no meu caso) a cada duas horas. Neste intervalo, quanta felicidade. Mas nåo pensamos nisso quando temos uma vida normal, de trabalho, com saúde, sem nada físico incomodando. Vou me lembrar desse pós-operatório por bastante tempo, e da sensaçåo de vulnerabilidade, de estar a merce de um incømodo que vai e volta independente da vontade, da força, ou da força de vontade. Que é nenhuma, afinal já entendi que o importante é ser feliz enquanto nada incomoda de fato.

A dor é sempre subjetiva. Cada indivíduo apreende a aplicação da palavra através de experiências relacionadas com lesões nos primeiros anos de vida. Os biologistas sabem que os estímulos causadores de dor são capazes de lesão tecidual. Assim, a dor é aquela experiência que associamos com lesão tecidual real ou potencial.
Sem dúvida é uma sensação em uma ou mais partes do organismo mas sempre é desagradável, e portanto representa uma experiência emocional. Experiências que se assemelham com a dor, por exemplo: picadas de insetos, mas que não são desagradáveis, não devem ser rotuladas de dor. Experiências anormais desagradáveis (diestesias) também podem ser dolorosas, porém não o são necessariamente porque subjetivamente podem não apresentar as qualidades sensitivas usuais da dor.
Muitas pessoas relatam dor na ausência de lesão tecidual ou de qualquer outra causa fisiopatológica provável: geralmente isto acontece por motivos psicológicos. É impossível distinguir a sua experiência da que é devido à lesão tecidual se aceitarmos o relato subjetivo.
Caso encarem sua experiência como dor e a relatem da mesma forma que a dor causada por lesão tecidual, ela deve ser aceita como dor. Esta definição evita ligar a dor ao estímulo. A atividade provocada no nociceptor e nas vias nociceptivas por um estímulo não é dor. Esta sempre representa um estado psicológico, muito embora saibamos que a dor na maioria das vezes apresenta uma causa física imediata.
A abordagem que se faz da dor, atualmente, é que ela é um fenômeno ‘biopsicossocial’ que resulta de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos, comportamentais, sociais e culturais e não uma entidade dicotômica.

- Wikipedia -

4 comentários:

  1. Minha Leti,
    Que logo essa dor termine e você possa ficar em paz. Sem amigdalas, sem dor e "comMigo". Fica bem.
    Teu Fefê.

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  2. Tks meu amor.
    Sim, hoje estou com dor e sem tu, tatu. Por isso talvez esses posts mais desesperados. Mas logo logo estarei zerada.
    Obrigada por tudo.
    Bjos, que essa tarde acabe logo!

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  3. tentei falar contigo hj...adorei o post com a mulherzinha que chora sangue do mark ryden. tenho um broche com essa ilustração. minha preferida :-)

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  4. Oi queri!
    Que otimo que tu gostou!
    Te ligo hoje mais tarde para falarmos.
    Bjos.

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